Durante
um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão na noite desta
sexta-feira (23/8), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre os incêndios que
consomem a região amazônica.
Sob
forte pressão internacional por conta das queimadas locais e declarações ambientais polêmicas, o
presidente aproveitou para dizer que os incêndios são comuns em qualquer lugar
do mundo e que não devem servir de protesto para possíveis sanções presidenciais.
Isso
porque o governo da Finlândia, que atualmente detém a presidência rotativa da
União Europeia, pediu nesta sexta-feira, 23, que os países do bloco avaliem a
possibilidade de banir a importação de carne bovina do Brasil por causa da
devastação causada pelas queimadas na Amazônia.
O
presidente francês, Emmanuel Macron, por sua vez, acusou Bolsonaro de mentir
sobre seus compromissos com o meio ambiente, durante o G20 e anunciou, que o
país vai se opor ao tratado de livre comércio entre a União Europeia e o
Mercosul.
“O
Brasil é exemplo de sustentabilidade, conserva mais de 60% de sua vegetação
nativa. possui uma lei ambiental moderna e um código florestal que deveria
servir de modelo para o mundo. Por outro lado, tem países que ainda não
conseguiram avançar com seus compromissos no âmbito do acordo de Paris.
Seguimos, portanto, aberto ao diálogo, respeito, e cientes de nossa soberania.
outros países se solidarizaram com o Brasil, ofereceram meios para combater as
queimadas, bem como se prontificaram a levar o brasil ao G7. Isso não pode
servir de protesto para possíveis sanções presidenciais. O Brasil continuará
sendo, como sempre foi, um país amigo de todos.”, disse Bolsonaro.
Em
um outro trecho do discurso, o presidente ressaltou a importância da Amazônia.
“Nossas riquezas são incalculáveis, tanto em matéria de biodiversidade, como em
recursos minerais. Tenho profundo amor e respeito pela Amazônia. A proteção da
floresta é nosso dever. Estamos cientes disso e atuando para combater
atividades criminosas que coloquem nossa região em risco”, apontou.
Bolsonaro
disse ainda que ofereceu ajuda aos estados da Amazônia Legal no combate aos
incêndios. "Com relação aqueles que aceitarem, autorizarei o uso da GLO, o
emprego ostensivo de pessoal e equipamentos das Forças Armadas, auxiliares e
outras agências permitirão não apenas combater as atividades ilegais, como,
também, conter o avanço de incêndios na região".
E
continuou: “Mesmo que as queimadas deste ano não estejam fora da média dos
últimos 15 anos, não estamos satisfeitos com o que estamos vendo. Vamos atuar
fortemente para conter", prometeu.
Com
informações portal Correio Brasiliense
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