Manifestação em defesa da Lava Jato, na Praça Portugal (Foto: Fabio Lima) |
O domingo
foi de manifestações em Fortaleza. A Praça Portugal, na Aldeota, ficou cheia em
ato motivado por pauta diversa, que envolvia, dentre outros temas, um apelo
pelo veto integral do presidente Jair Bolsonaro à lei de abuso de autoridade,
aprovada recentemente pelo Congresso, o apoio ao ministro da Justiça, Sérgio
Moro, e a defesa do impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF), Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
Organizado
por seis grupos de direita da Capital e municípios da Região Metropolitana de
Fortaleza, a manifestação foi iniciada às 16 horas e, segundo estimativa deles
próprios, juntou 10 mil pessoas. A Polícia Militar não calculou o público.
Trio-elétrico com integrantes dos grupos Consciência Patriótica, Endireita
Fortaleza, Instituto Democracia e Ética - IDE, Brasil Indignado, Oração por
Bolsonaro e Conexão Patriótica comandava as ações.
O
vice-presidente do Conexão Patriota e um dos organizadores da manifestação,
Roberto Barros, falou que as pautas estavam em conexão com os protestos que
aconteciam em outras regiões do País. "Estamos participando de um
chamamento nacional".
O
ato não teve participação direta de partidos políticos, mas o deputado estadual
Delegado Cavalcante (PSL), o deputado federal Capitão Wagner (Pros) e o senador
Eduardo Girão (Podemos) estiveram por breves momentos no local, mas não
chegaram a subir no trio-elétrico ou discursar para os presentes.
Sobre
o quadro político, os integrantes dos grupos organizados informaram que para
eleição municipal do próximo ano vão se organizar em torno de uma liderança
política, que segundo foi informado ao O POVO, ainda não está definida. A
escolha fica para o próximo ano, depois de discussões e assembleias serem
realizadas.
Na
Praça Portugal, além da manifestação dos grupos de direita pró-Bolsonaro,
também se aglomerava um grupo de intervencionistas que também proferia palavras
de ordem de um outro trio-elétrico. Em menor número, também estiveram presentes
militantes do Partido Novo.
Assunto
político mais comentado do momento, os efeitos dos incêndios na Amazônia também
foram tocados no ato. Roberto Barros diz que os grupos estão atentos ao
problema, mas que "fake news vêm sendo postas" sobre o assunto. Já o
industrial Jaime Moura, 60, acredita que defender a floresta se tornou "uma
ação de patriotismo". "Um patrimônio nacional, que é a nossa
Amazônia, está em jogo. Estamos aqui para defender esse patrimônio, nem que
seja com sangue".
Jaime
duvida que os danos na Amazônia sejam tão grandes quanto se fala. O que existe,
para ele, é uma tentativa de prejudicar a imagem do Brasil. "Não existe
esse exagero nas queimadas do Brasil. E isso pode gerar um boicote aos produtos
brasileiros".
Além
dos manifestantes mais vibrantes, com defesa de pautas consideradas
conservadoras, existiam aqueles mais contidos, em grupos mais afastados da
agitação dos discursos do trio-elétrico. Esse era o caso do grupo religioso da
comunidade evangélica Mensageiros, do bairro Genibaú.
O
grupo composto por aproximadamente dez pessoas, chegou mais cedo para fazer
orações. O pastor Tony Everson cita a Bíblia e esclarece o intuito das preces.
"Oramos por todas as autoridades para que venham pacíficos e uma vida
melhor para população".
Ele
diz que o grupo costuma participar das manifestações desta forma, afirma,
apesar de não defender bandeiras partidárias. "Se o Brasil melhorar, todos
vão ser beneficiados sendo de direita ou esquerda. Não estamos aqui levantando
bandeiras. Queremos paz e unidade. Não acredito na divisão, pois é assim que
perdemos a nossa força".
Com
informações portal O Povo Online
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