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O
jornal português Diário de Notícias publicou matéria na sua edição de ontem (19/8) informando que o
ministro Sergio Moro passou de "superministro" a
"miniministro", em um intervalo de dois meses. Entre os motivos
citados pelo veículo de comunicação, estão a publicação das mensagens entre o
ex-juiz e procuradores da Lava-Jato, divulgadas pelo The Intercept, além do
projeto sobre abuso de autoridade, aprovado pela Câmara dos Deputados na última
quarta-feira (14/8).
"Num
intervalo de dois meses, o ex-juiz perde força na opinião pública por causa da
Vaza Jato, sofre derrotas no Congresso, é atropelado no Supremo e vê os seus
ímpetos reprimidos pelo próprio Bolsonaro", comentou a reportagem. De
acordo com o jornal, o texto poderia se chamar "lei Sérgio Moro, já que pareceu
redigida de maneira a contrariar o ex-juiz da operação, que de superministro da
Justiça, no início do mandato de Jair Bolsonaro, se parece a cada dia que passa
mais com um miniministro".
O
projeto de abuso de autoridade pune, com detenção de um a quatro anos, os
juízes que optarem pela prisão preventiva sem amparo legal ou que realizarem
escutas não autorizadas. Como o texto já foi aprovado pelo Senado, falta apenas
a análise do presidente da República sobre o tema. Bolsonaro, no entanto, já
sinalizou que vetará alguns pontos do projeto. Nesta manhã, ele chegou a se
reunir com Moro para decidir vetos ao texto.
Considerado
uma peça-chave para dar credibilidade ao governo de Bolsonaro, Moro pode,
agora, sofrer novas derrotas no Congresso. Segundo o painel da Folha de S.
Paulo, o grupo que analisa o pacote anticrime — o principal projeto do ministro
— formou maioria para derrotar na íntegra o parecer do deputado Capitão Augusto
(PL-SP), alinhado com o governo.
Uma
das expectativas é que a coordenadora do colegiado, Margarete Coelho (PP-PI),
assuma a relatoria e elabore um novo parecer a ser levado ao plenário.
Bolsonaro chegou a sinalizar que poderia colocar o projeto como prioridade, mas
a pressão econômica deve atropelar o texto de Moro dentro do Congresso.
Com
informações portal Correio Brasiliense
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