As falas foram direcionadas ao PT, a Cuba, Venezuela e ao Alberto Fernández, vencedor das primárias da eleição presidencial na Argentina (Foto: Carolina Antunes) |
O
presidente Jair Bolsonaro engrossou o discurso de radicalização em uma
narrativa que lembrou o período da campanha eleitoral. Sem poupar meias
palavras, criticou os governos anteriores que “estimulavam e desacreditavam” a
“heteronormatividade”, em uma fala regada de conservadorismo. Sobrou até mesmo
para o Bolsa Família, ao associar o programa a um tipo de “condução coercitiva”
que, segundo ele, era utilizado pelos governos petistas com fins eleitorais,
para ganhar votos. Não faltaram, ainda, críticas ao PT, a Cuba, Venezuela, e ao
vencedor das primárias da eleição presidencial na Argentina, Alberto Fernández.
Todos
os comentários foram feitos nesta sexta-feira (16/8), entre a saída do Palácio da
Alvorada, e durante e após a solenidade de celebração do Dia Internacional da
Juventude, no Palácio do Planalto. Para Bolsonaro, “esses que dominaram o país”
nos últimos governos, em referência às gestões petistas, não tinham a educação
como prioridade, mas, sim, “o título de eleitor (em uma mão), e, na outra, o
“cartão de um programa assistencial”.
“O que tira a juventude da miséria, ou homem, ou mulher, é o conhecimento. Não são programas sociais que, em alguns casos, são necessários. Até pela idade e pela condição daquela pessoa, mas não podemos crescer pensando nisso”, sustentou.
“O que tira a juventude da miséria, ou homem, ou mulher, é o conhecimento. Não são programas sociais que, em alguns casos, são necessários. Até pela idade e pela condição daquela pessoa, mas não podemos crescer pensando nisso”, sustentou.
Nas
eleições de 2014, recordou, “uma candidata bateu no peito e falou que o nosso
governo tem 50 milhões de pessoas que vivem do Bolsa Família”. “Obviamente,
muita gente, repito, mas outra parte, não. Pois não será, também, estimulada a
sair desse tipo de condução coercitiva, vamos, assim, dizer. E o que o nosso
governo precisa e está implementando são políticas públicas que visem abrir os
olhos da juventude, mostrar, realmente, qual é o caminho certo. Dizer que você
é responsável pelo seu futuro, o Estado não vai te atrapalhar, muito pelo
contrário”, avaliou.
A
partir daí, em declarações ditas na cerimônia do Dia Internacional da
Juventude, Bolsonaro engatou no discurso conservador. “Se fossem três, quatro
anos atrás, em um evento como esse, talvez tivéssemos dois homens se beijando
aqui na frente, estimulando, desacreditando, desconstruindo a
heteronormatividade, como está no plano nacional de promoção e cidadania LGBT. Nada
contra quem quer ser feliz com o parceiro igual a si, mas não podemos impor
isso daí”, criticou.
O
presidente não citou nominalmente, mas emendou o discurso falando sobre o “kit
gay”. “Até nesse programa se falava em livros didáticos com essa temática para
crianças a partir de 5 anos de idade. O que podemos esperar ao estimular jovens
precocemente ao sexo? Já não basta termos crianças de 9 e 19 anos sendo
responsável por 1,7 mil partos por dia”, reclamou.
“Não temos que combater isso? A intenção é estimular cada vez mais? Nós temos que ter, juntando os ministérios da Educação e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, um casamento perfeito para dar meios para essa garotada, como vejo aqui, do Profesp, Programa Força do Esporte, (para que) sejam alguém no futuro”, frisou, ainda na cerimônia.
“Não temos que combater isso? A intenção é estimular cada vez mais? Nós temos que ter, juntando os ministérios da Educação e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, um casamento perfeito para dar meios para essa garotada, como vejo aqui, do Profesp, Programa Força do Esporte, (para que) sejam alguém no futuro”, frisou, ainda na cerimônia.
Argentina
Depois
da solenidade, retomou os ataques à esquerda. Disse que o Brasil esteve à beira
de estar “ao lado da Venezuela”, há pouco tempo, em referência às eleições de
2018. “Ou vocês acham que se o (Fernando) Haddad (candidato do PT) estivesse
aqui, agora (na Presidência), estaria aonde numa hora dessas? Poderia estar
recebendo o (Nicolás) Maduro (presidente da Venezuela), fazendo lá campanha
para a (Cristina) Kirchner (vice de Alberto Fernandéz), na Argentina. E qual o
destino de um país que entra no socialismo e comunismo? Tá aí, aqui em cima,
Venezuela. Lá não tem nem cachorro pra comer mais. Estão fugindo da pena”,
declarou.
O
presidente lembrou que esteve duas vezes em Roraima na pré-campanha e viu meninas
de 12 anos e senhoras de 50 anos se prostituindo no estado, na região
fronteiriça com a Venezuela. “Uma miséria. É isso que vocês querem no Brasil?
Isso é a igualdade no socialismo que o PT sempre pregou. Todos iguais na
miséria, por baixo, na prostituição, no desespero, comendo cachorro, gato,
resto de comida no lixo. É isso que vocês querem no Brasil?”, ponderou.
A
resposta à esquerda, de acordo com Bolsonaro, precisa ser dada por meio da
educação. “É (ela) que tira a pessoa da miséria, e não a doutrinação, como
ainda vem sendo feita no Brasil, em muitas escolas. É o conhecimento que tira a
pessoa da miséria. Por que o (Hugo) Chávez (ex-presidente da Venezuela) foi
muito bem sucedido na Venezuela? Porque o socialismo deu certo”, respondeu,
ironicamente.
“Porque tinha o barril do petróleo na casa dos US$ 120 e isso aí criou uns tremendos problemas sociais para atender o povo. Atender como? Jogando na miséria. Acostumando o povo a viver daquilo que tinha do Estado. O petróleo foi lá pra baixo, na casa dos US$ 30, e acabou, porra. Olha como estão vivendo agora”, justificou.
“Porque tinha o barril do petróleo na casa dos US$ 120 e isso aí criou uns tremendos problemas sociais para atender o povo. Atender como? Jogando na miséria. Acostumando o povo a viver daquilo que tinha do Estado. O petróleo foi lá pra baixo, na casa dos US$ 30, e acabou, porra. Olha como estão vivendo agora”, justificou.
O
discurso foi continuado por críticas a Cuba. Manifestou dúvidas sobre como
recuperar a Argentina, que tem, segundo ele, em torno de 60 mil cubanos morando
no país.
“O Brasil botou em torno de 10 mil (cubanos) fantasiados de médicos aqui dentro em locais pobres para fazer células de doutrinação e guerrilha. Tanto que, quando cheguei, eles foram embora. Porque eu ia pegá-los. Não sabem responder (sobre aplicação de medicamentos). Estavam aqui doutrinando porque cada cabeça tinha um valor que mandava para Cuba. Davam em torno de R$ 100 milhões para a ditadura cubana”, criticou.
“O Brasil botou em torno de 10 mil (cubanos) fantasiados de médicos aqui dentro em locais pobres para fazer células de doutrinação e guerrilha. Tanto que, quando cheguei, eles foram embora. Porque eu ia pegá-los. Não sabem responder (sobre aplicação de medicamentos). Estavam aqui doutrinando porque cada cabeça tinha um valor que mandava para Cuba. Davam em torno de R$ 100 milhões para a ditadura cubana”, criticou.
Com
informações portal Correio Brasiliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.