25 de agosto de 2019

Ato em defesa da Amazônia na Capital

Manifestação a favor da Amazônia na Praça Portugal, em Fortaleza (Foto: Fabio Lima)
Em protesto à política ambiental do governo de Jair Bolsonaro, um ato em favor da Amazônia tomou conta das ruas da Aldeota, na capital cearense na tarde de ontem. O movimento, organizado por coletivos ambientalistas, reuniu dezenas de manifestantes, a exemplo do que vem ocorrendo nos últimos dias em diversas cidades do País e do exterior.

Após uma rodada de discursos que tinham como alvo o presidente da República e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o grupo seguiu da Praça Portugal - ponto de concentração - em caminhada com destino à Avenida Beira Mar. O pelotão que puxou o cortejo exaltava uma faixa com o dizer "Fortaleza na luta pela Amazônia".

Líderes políticos e indígenas, além de representantes de movimentos estudantis, estiveram no local para reforçar a defesa da maior floresta do mundo, que, até agora, teve 20 mil hectares de área incendiada, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O protesto em Fortaleza também chamou atenção pela quantidade expressiva de cartazes, que contavam com frases como "Bolsonaro sai, a Amazônia fica" e "Fora Salles".

Um dos líderes ato, o biólogo Gabriel Aguiar fez um apelo por mobilização geral da sociedade civil em prol da causa. "O impacto na Amazônia é um impacto para o mundo. Não podemos ficar de braços cruzados vendo isso. Precisamos ocupar as ruas e dizer 'Brasil, vergonha, estão queimando
a Amazônia".

Reunião do G7

Na França a cúpula dos países mais ricos do mundo iniciou sob clima tenso e de divisões. O presidente francês, Emmanuel Macron, anfitrião do encontro, apelou a "uma mobilização de todas as potências" para ajudar o Brasil e os demais países afetados a lutar contra os incêndios florestais na Amazônia e para investir no reflorestamento das regiões atingidas.

Especialistas apontam que as negociações podem ser delicadas, depois que Macron acusou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro de "mentir" sobre seus compromissos climáticos e de "inação" diante dos incêndios. Suas críticas podem contrariar Donald Trump, de quem Jair Bolsonaro é um firme defensor no cenário internacional.

O G7, que começou neste sábado suas reuniões em Biarritz, prepara inclusive uma resposta "concreta" ao fogo que consome a floresta tropical, segundo a França. Mas essa atitude de indignação contrasta com a cautela de países como Alemanha e Espanha.

Já o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, presente em Biarritz, reconheceu que seria "difícil imaginar" que a UE ratifique tal acordo enquanto o Brasil "permitir a destruição" da Amazônia.

Com informações portal O Povo Online

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