O
governo de Jair Bolsonaro, após seis meses e meio de mandato, ainda não
preencheu a maioria das vagas de segundo e terceiro escalões nos estados.
Contudo, promete "destravar" as indicações e acelerar a distribuição
dos cargos para partidos que apoiaram a primeira etapa da reforma da
Previdência na Câmara.
Apesar
de terem sido empenhados R$ 2,5 bilhões em emendas no início de julho nas
negociações em troca de votos favoráveis, deputados também pressionam pelos
cargos represados. Dentre as nomeações deve ser dada uma atenção especial aos
órgãos federais no Nordeste.
Para
o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), tanto as emendas como as nomeações
"escancaram" que os deputados favoráveis à reforma estão utilizando
"o voto que receberam para obtenção de recursos". "Prova que o
que importa é o parlamentar usufruir de vantagens pelo cargo".
Líder
da maioria na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) nega que as nomeações estejam
sendo discutidas como parte das negociações para a aprovação da reforma.
"Nós temos tratado mais do texto. Isso não está da pauta de nenhum dos
líderes com quem eu tenho conversado", relata.
A estratégia do Planalto
ocorre no hiato entre o primeiro e o segundo turno da votação na Câmara. Serão
pouco mais de três semanas em que os parlamentares estarão de recesso para
estar de volta aos seus estados e às suas bases eleitorais.
A
oposição tem apostado na pressão dos eleitores para reverter votos.
"Esperamos no retorno às bases que o parlamentar perceba que esse dinheiro
que eles recebem é menor do que a popularidade perdida", afirma Pimenta.
Contudo,
mesmo opositores admitem ser pequena a possibilidade de derrotar o texto-base
no segundo turno de votação. "Vamos trabalhar para mudar pontos que ainda
impõem sacrifícios muito injustos aos brasileiros", ressalta Alessandro
Molon (PSB-RJ), líder da oposição.
Líder
do PDT na Casa, o deputado cearense André Figueiredo explica que isto deve ser
possível por meio de emendas supressivas que devem ser o foco da oposição. A
informação do que é a reforma e como ela afetará a população também será
prioridade.
Aguinaldo
Ribeiro diz que os líderes pró-reforma estarão atentos às emendas supressivas
que possam afetar a economia esperada com a proposta. Mas quanto à aprovação do
texto-base, há confiança que "não haverá grandes dificuldades.
O
presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), corrobora. "Garantido o quórum
na segunda votação, está tudo mais ou menos garantido", afirmou.
A
presidente da CCJ do Senado, Simone Tebet (MDB), prevê prazo de 60 dias para
que os senadores analisem a reforma da Previdência. Apenas na CCJ, o prazo deve
ser entre três semanas e um mês, projeta. Para a senadora, não faz sentido o
Senado ser apenas um "carimbador" da reforma.
Com
informações portal O Povo Online
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