O Parecer do relator Samuel Moreira recebeu 36 votos favoráveis e 13 contrários |
O texto-base da reforma da
Previdência, aprovado ontem pela comissão especial da Câmara dos Deputados,
sofreu cortes já previstos. Foi garantida maioria dos votos na comissão. Foram
36 votos a favor e 13, contra. No plenário, serão necessários 308. No
geral, o Governo Federal saiu vitorioso.
A vitória do presidente
Jair Bolsonaro (PSL), entretanto, esbarra na derrubada da proposta de regras
mais suaves de aposentadoria para policiais e profissionais de segurança. O
presidente havia articulado sobre a questão. Inclui-se também a retirada do
sistema de capitalização. Outra rejeição, mas essa desagradou mais a oposição,
foi sobre a flexibilização de regras para aposentadoria de professores. As
mudanças sobre a previdência de servidores municipais e estaduais, que fazia
parte do texto original, também ficou fora.
"A
votação foi dentro do esperado. Mas no plenário será diferente. Tem
parlamentares que não se posicionaram e que não vão seguir os partidos do
centro. Existe um grande número de indecisos e são eles que a população deve
pressionar", afirmou o deputado federal cearense André Figueredo (PDT).
O parlamentar, que votou contra, lembrou que o ex-presidente Michel Temer também conseguiu aprovar o texto da reforma previdenciária na comissão, mas não levou ao plenário por medo de não ser aprovado e haver apenas desgaste.
O parlamentar, que votou contra, lembrou que o ex-presidente Michel Temer também conseguiu aprovar o texto da reforma previdenciária na comissão, mas não levou ao plenário por medo de não ser aprovado e haver apenas desgaste.
Para
Heitor Freire (PSL), o erro na aprovação de ontem foi a não inclusão dos
municípios e estados. "Vamos atuar na reinclusão, mas os governadores
precisam conversar com seus deputados. Prefeitos e governadores não querem ter
desgaste e não articulam. É uma questão de hipocrisia", avaliou o
deputado, que votou a favor.
Foram
analisados 17 destaques à Emenda. Outros 99 haviam sido protocolados
individualmente por parlamentares ao texto do relator Samuel Moreira (PSDB-SP).
A proposta agora segue para o plenário da Câmara e precisará do apoio de 308
dos 513 deputados. À frente da contagem de votos está o presidente da casa,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), a quem foi atribuída a articulação necessária para a
aprovação do texto-base e derrubada das regras mais suaves de aposentadoria dos
policiais.
"Essa
foi uma derrota importante do presidente, que tentou interceder mas não
conseguiu. Mostra que o Rodrigo Maia é muito forte na Câmara, que quer que a
pauta da reforma seja votada para melhoria da situação fiscal, independente de
quem vai impactar", analisou o economista Ricardo Coimbra.
A não inclusão de mudanças nas aposentadorias rurais e no Benefício de Prestação Continuada (BPC) já estava prevista. Já eram instrumento de barganha.
A não inclusão de mudanças nas aposentadorias rurais e no Benefício de Prestação Continuada (BPC) já estava prevista. Já eram instrumento de barganha.
A
economia de um trilhão de reais, de acordo com Coimbra, será possível a partir
do texto aprovado. Caso a retirada de municípios e estados continue, a conta a
ser paga - já que há dificuldades fiscais principalmente nas regiões Sul e
Sudeste - chegará cedo ou tarde ao Governo Federal.
Sem
data definida, o texto seguirá para Plenário, onde passará por duas votações.
Em ambas, pelo menos três quintos dos parlamentares (308 de 513) precisam votar
favoráveis
Depois,
será analisado na CCJ do Senado. Em nova discussão no Plenário da Casa, haverá
votação em dois turnos, com a necessidade de aprovação de 49 senadores.
Caso
não haja alterações, a PEC deve ser promulgada pelo presidente do Senado, Davi
Alcolumbre. Se houver mudança entre o texto que saiu da Câmara e o aprovado no
Senado, a proposta retornará à primeira Casa.
Com
informações portal O Povo Online
Leia
também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.