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3 de julho de 2019

''Algumas podem ser minhas'', diz Moro sobre mensagens vazadas

Para o ministro, mesmo que o conteúdo seja verdadeiro, não existe nada de ilegal (Foto: Pablo Valadares)
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, prestou depoimento na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), na tarde de ontem (02/7), sobre mensagens trocadas com procuradores da Lava-Jato quando ele era juíz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba. Questionado por deputados, o ministro afirmou que "algumas mensagens" podem ser dele. Mas destacou que o conteúdo foi retirado de contexto.

Para o ministro, mesmo que o conteúdo seja verdadeiro, não existe nada de ilegal nas mensagens que foram divulgadas. "Algumas podem ser minhas. Mas não posso atestar a autenticidade, pois o site se recusou a apresentar o conteúdo para uma autoridade independente", disse.

Ele citou a entrevista ao Correio do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Veloso, para destacar que não cometeu nenhuma violação ética ou legal. Moro também criticou quem estaria por trás dos vazamentos.

"A minha opinião é que alguém com muitos recursos está por trás desta invasão. E o objetivo principal é anular condenações da operação Lava-Jato", completou.

Ele também fez críticas ao The Intercept, que publicou as conversas. "Fiquei com a impressão de que o site queria que fosse determinada uma busca e apreensão. Talvez para posar de vítima", alegou Moro, ressaltando que ele não tem mais os arquivos das conversas.

A deputada Marcivânia Flexa (PCdoB) criticou duramente o ministro logo no começo da sessão. "Dos 35 artigos da Lei da Magistratura, o senhor violou 18. Queremos saber até que ponto tudo isso é verdade", disse.

O presidente da sessão, deputado Felipe Francischini (PSL) agradeceu Moro por comparecer a audiência. "Foi uma iniciativa que partiu de vossa excelência. Agradecemos por vir aqui, em nome do interesse público", afirmou.

A conclusão da maioria dos deputados é que o ministro Moro não respondeu as perguntas. Após a fala do deputado Gluber Rocha (PSOL) gerou um tumulto e a reunião foi encerrada. 

Com informações portal Correio Brasiliense

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