Para o ministro, mesmo que o conteúdo seja verdadeiro, não existe nada de ilegal (Foto: Pablo Valadares) |
O
ministro da Justiça, Sérgio Moro, prestou depoimento na Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), na tarde de ontem (02/7), sobre
mensagens trocadas com procuradores da Lava-Jato quando ele era juíz titular da
13ª Vara Federal de Curitiba. Questionado por deputados, o ministro afirmou que
"algumas mensagens" podem ser dele. Mas destacou que o conteúdo foi
retirado de contexto.
Para
o ministro, mesmo que o conteúdo seja verdadeiro, não existe nada de ilegal nas
mensagens que foram divulgadas. "Algumas podem ser minhas. Mas não posso
atestar a autenticidade, pois o site se recusou a apresentar o conteúdo para
uma autoridade independente", disse.
Ele
citou a entrevista ao Correio do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Carlos Veloso, para destacar que não cometeu nenhuma violação ética ou legal.
Moro também criticou quem estaria por trás dos vazamentos.
"A minha
opinião é que alguém com muitos recursos está por trás desta invasão. E o
objetivo principal é anular condenações da operação Lava-Jato", completou.
Ele
também fez críticas ao The Intercept, que publicou as conversas. "Fiquei
com a impressão de que o site queria que fosse determinada uma busca e
apreensão. Talvez para posar de vítima", alegou Moro, ressaltando que ele
não tem mais os arquivos das conversas.
A
deputada Marcivânia Flexa (PCdoB) criticou duramente o ministro logo no começo
da sessão. "Dos 35 artigos da Lei da Magistratura, o senhor violou 18.
Queremos saber até que ponto tudo isso é verdade", disse.
O
presidente da sessão, deputado Felipe Francischini (PSL) agradeceu Moro por
comparecer a audiência. "Foi uma iniciativa que partiu de vossa
excelência. Agradecemos por vir aqui, em nome do interesse público",
afirmou.
A conclusão da maioria dos deputados é que o ministro Moro não respondeu as perguntas. Após a fala do deputado Gluber Rocha (PSOL) gerou um tumulto e a reunião foi encerrada.
A conclusão da maioria dos deputados é que o ministro Moro não respondeu as perguntas. Após a fala do deputado Gluber Rocha (PSOL) gerou um tumulto e a reunião foi encerrada.
Com
informações portal Correio Brasiliense
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