O
presidente Jair Bolsonaro criticou ontem 22/06) projeto de lei na Câmara que altera a forma de escolha dos integrantes de agências reguladoras brasileiras. Segundo
ele, a medida vai transformá-lo em uma "Rainha da Inglaterra", que
reina, mas não governa.
"Querem tornar privativo do Parlamento indicações
para agências. Querem me deixar como Rainha da Inglaterra?", questionou.
Na avaliação do presidente, as agências "travam ministérios, pois você
fica sem ação, tem que negociar com a agência, cria um poder paralelo".
Em
seguida, Bolsonaro emendou que no governo Dilma Rousseff (PT) havia o
"conselhão", pelo qual todo projeto aprovado pela Câmara tinha que
passar. "Quem seriam os integrantes desse conselhão? Petistas".
Ele
informou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiu reduzir concursos
públicos a poucas áreas, e citou que as exceções são para Polícia Federal e
Polícia Rodoviária Federal. O motivo seria falta de verba. "Fora isso,
dificilmente teremos concursos no Brasil nos próximos poucos anos",
afirmou.
Nesta
manhã de ontem, o presidente saiu do Palácio da Alvorada rumo ao prédio médico
na área do Palácio do Planalto, onde fez exames antes de sua viagem ao Japão,
para encontro do G-20, na próxima semana.
Após
derrotas no Congresso, Bolsonaro reconheceu na sexta, 21, problemas de
articulação política entre o Planalto e a Casa. Atribuiu as dificuldades à
"inexperiência" e admitiu que teve de adotar o modelo que era usado
no Palácio do Planalto de Michel Temer.
O
mea-culpa ocorre após editar Medida Provisória que retirou a articulação
política das mãos do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), e
transferiu-a para o general da ativa Luiz Eduardo Ramos, recém-nomeado por
Bolsonaro para a Secretaria de Governo.
"Quando
montamos aqui, no primeiro momento, por inexperiência nossa, tivemos algumas
mudanças nas funções de cada um que não deram certo", disse o presidente
em entrevista. "Em grande parte retornamos ao que era feito em governo
anterior".
Com
informações portal O Povo Online
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