Manifestantes protestaram contra a reforma da Previdência e contra os cortes na educação (Foto: Fabio Lima) |
Centrais
sindicais e movimentos populares ocuparam as ruas do Brasil na primeira greve
geral dos trabalhadores desde que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assumiu o
poder em janeiro deste ano. Em Fortaleza, o ato reuniu manifestantes em
caminhada de cerca de três quilômetros que saiu da Praça da Bandeira, no
Centro, em direção à Praça do Ferreira durante a manhã (14/06). De
acordo com organizadores, 80 mil pessoas marcaram presença. A Polícia Militar
informou que não contabiliza o número de manifestantes.
Idealizado
com o objetivo de protestar contra a reforma da Previdência e os cortes na
Educação, o ato em Fortaleza também contou manifestações de apoio ao
ex-presidente Lula. O cortejo, à medida que passava pelas ruas do Centro,
pressionava pelo fechamento das lojas e pela adesão dos trabalhadores que atuam
no comércio da região.
A
concentração de manifestantes comprometeu o fluxo de veículos. Nas avenidas
Duque de Caxias e Domingos Olímpio, por causa da proximidade com o local de
concentração do protesto foi registrado engarrafamento. Para chegar à
manifestação, algumas pessoas precisaram recorrer aos aplicativos de transporte
e relataram aumento no preço das corridas.
Anizio
Melo, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos lotados nas secretarias
da Educação e da Cultura do Estado e nas Secretarias ou Departamentos de
Educação e/ou Cultura dos Municípios do Ceará (Apeoc) estimou a adesão da
categoria ao movimento em 100% em todo o Estado.
Membros
da União Nacional dos Estudantes (UNE) também marcaram presença no ato. Durante
toda a caminhada, um dos carros de som ajudava a reverberar palavras de ordem
contra o congelamento da verba federal destinada à Educação.
Representantes
políticos do Partido dos Trabalhadores (PT) como o vereador Guilherme Sampaio,
o deputado estadual Elmano de Freitas e a deputada federal Luizianne Lins,
estiveram presentes. O deputado federal José Guimarães (PT-CE) também
participou da caminhada e disse que a oposição está articulada para impedir a
votação do parecer na Comissão Especial da Câmara no dia 25 de junho.
Guimarães
argumenta que o relatório apresentado anteontem, apesar de modificar pontos
relacionados ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e às aposentadorias
rurais, não agradou totalmente.
"(O
parecer) mantém a espinha dorsal, que é exatamente penalizar os trabalhadores
do regime geral no que diz respeito à aposentadoria", analisa.
Ele
destaca ainda que o parecer falha sobre a arrecadação de receitas e que os R$
913 milhões prometidos em um ano serão retirados dos pequenos. "Não tem
uma medida para tributar dividendos e lucros do sistema financeiro",
avalia.
Com
informações portal O Povo Online
Leia
também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.