O
governador Camilo Santana (PT) garantiu ontem (31/05) que a área da educação no Ceará
não será afetada pelo corte de R$ 390 milhões anunciado pela Secretaria do
Planejamento e Gestão (Seplag) nesta semana.
"Nós
preservamos a educação nos quatro anos do meu governo. Cresceu em custeio e em
investimento. Vamos continuar ampliando", disse o petista após participar
da cerimônia de celebração do centenário do Colégio Militar.
Na
última segunda-feira durante posse à frente da Seplag, o deputado federal Mauro
Filho apresentou planilha de contingenciamento de recursos de custeio. Na
ocasião, o secretário afirmou que o corte se aplicaria a todas as áreas da
administração pública estadual. "Vai do terceirizado até a consultoria, do
papel ao combustível, passando por gastos com passagens aéreas", informou
Mauro.
Questionado
ontem se a educação seria afetada pelo corte, o governador respondeu: "De
forma alguma. Educação é prioridade no nosso governo". Em seguida, relatou
esforços que o Governo vem fazendo no setor. "Já anunciei novas escolas de
tempo integral neste ano. Vamos criar novos centros cearenses de idiomas.
Estamos investindo".
O
chefe do Executivo estadual também se comprometeu com a revisão do piso
nacional dos profissionais da educação. "Talvez seja um dos poucos
governadores que garantiu, nos últimos cinco anos, a correção do piso para
todos os professores da rede pública da educação", complementou.
Sobre
o contingenciamento de R$ 390 milhões, Camilo disse que procuraria opções para
driblar a baixa na arrecadação do Estado, que levou a Seplag a reduzir gastos,
inclusive suspendendo a realização de concursos.
"Vamos
tentar cortar naquilo que não prejudique os serviços da população e tentar
buscar também como o Estado pode ter mais eficiência ainda na arrecadação",
assegurou o petista. Para ele, uma das saídas seria "reduzir a sonegação
fiscal e buscar alternativas sem aumentar impostos".
O
governador falou ainda sobre o contingenciamento de aproximadamente R$ 7
bilhões, feito pelo Ministério da Educação (MEC) em abril, que atinge as quatro
instituições de ensino superior no Ceará (UFC, UFCA, Unilab e IFCE).
"Acho
um grande equívoco esse corte dessa forma que aconteceu recentemente",
avaliou. "Apresentei um pedido (ao presidente Jair Bolsonaro) para rever
esse corte. Porque aqui, segundo os reitores das universidades federais, o
corte é até maior do que os 30%". Segundo ele, há uma mobilização para
fazer um apelo ao presidente, de maneira a "sensibilizar e reavaliar o
corte".
Apenas
no Ceará, o MEC congelou ao menos R$ 108 milhões em recursos para manutenção
das quatro universidades, como mostrou o jornal O POVO em reportagem. A verba suspensa
seria empregada no custeio das instituições, como pagamento de fornecimento de
água, energia, telefone, segurança e insumos para pesquisas.
Com
informações portal O Povo Online
Leia
também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.