O
governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, divulgou ontem (06/06) carta
supostamente assinada por 25 de 27 governadores do País. Entre eles, Camilo
Santana (PT). O texto, noticiado pelo portal de G1, ressalta a necessidade de
Estados e municípios estarem presentes na proposta de reforma da Previdência,
hoje sob relatoria do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).
A informação divulgada era que só
não assinaram a carta os governadores do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e da
Bahia, Rui Costa (PT). Dino foi, inclusive, um dos primeiros críticos do
documento. Instantes após a divulgação, ele afirmou que, das 25 assinaturas,
havia "várias não confirmadas."
Rui
Costa se manifestou após a publicação de outro comunicado, firmado
exclusivamente por chefes do Executivo do Nordeste. "Nós, os nove governadores
do Nordeste, assinamos agora à noite esta carta a respeito da Reforma da
Previdência. Reafirmamos o que temos dito. Existe a necessidade de reformas no
Brasil, mas nesta proposta há pontos que precisam ser revistos",
salientou.
Contatada,
a equipe de Camilo informou que o petista assinou apenas o texto regional e não
o dos demais governadores.
O jornal POVO apurou que a
primeira carta era verídica, mas foi divulgada sem autorização dos chefes de
Executivo. "Por isso, os governadores do Nordeste soltaram outra",
disse fonte reservadamente.
Os
dois textos têm similaridades. O vazado, contudo, adota tom mais ameno nas
críticas: fala exclusivamente da manutenção de Estados e municípios no
relatório como forma de retomar o equilíbrio fiscal. "Contamos com o indispensável
apoio de nossos deputados e senadores para a manutenção dos Estados e do
Distrito Federal na Nova Previdência, a fim de garantir o equilíbrio fiscal e o
aumento dos investimentos vitais", diz um dos trechos.
O
texto assinado pelos governadores do Nordeste, por sua vez, embora tenha as
mesmas reivindicações, faz ressalvas mais intensas em relação ao conjunto de
novas regras previdenciárias.
"Há
divergências em pontos específicos a serem revistos, como nos casos do
Benefício de Prestação Continuada e da aposentadoria dos trabalhadores rurais
que, especialmente no Nordeste, precisam de maior atenção e proteção do setor
público", afirmam em uma das partes.
Os
nordestinos acrescentam críticas à desconstitucionalização da Previdência e ao
sistema de capitalização, que não teria tido sucesso em outros países.
O
debate sobre se a reforma se aplicará somente aos Estados protagonizou
discussões em Brasília. Samuel Moreira deve apresentar relatório na próxima
semana.
Com
informações portal O Povo Online
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