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17 de maio de 2019

Presidente recua e nega acordo com Moro para vaga no STF

Presidente Jair Bolsonaro em transmissão ao vivo no Facebook (imagem capturada do vídeo)
Um dia depois dos protestos nas ruas do País contra o congelamento de recursos de instituições de ensino federal, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) recuou sobre o compromisso que, segundo ele, havia feito com Sergio Moro (Justiça) de indicá-lo para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Quem me acompanhou ao longo de quatro anos sabe que eu falava que precisamos de alguém no Supremo com o perfil de Moro", disse o presidente. "Não teve nenhum acordo, nada, ninguém nunca me viu com Moro (antes de convidá-lo para seu ministério)."

As declarações foram dadas ontem (16/05) durante transmissão ao vivo nas redes sociais, feita diretamente dos Estados Unidos, aonde o presidente viajou para cumprir agenda.

No domingo passado, entretanto, Bolsonaro admitiu que tinha selado "um compromisso com Moro, porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura". O presidente relatou ter dito ao ministro: "A primeira vaga que tiver lá (no Supremo) está à sua disposição".

Questionado sobre o acerto no dia posterior, o ex-juiz da Lava Jato negou qualquer tratativa a respeito de próxima vacância no STF, que está prevista para o fim do ano que vem, com a aposentadoria compulsória do decano Celso de Mello.

Desde que assumiu a pasta, o ministro vem perdendo espaço no governo, porém. Dias antes dessa polêmica, deputados federais sob comando do centrão impuseram ao ex-magistrado uma derrota, aprovando a retirada do Coaf da alçada da Justiça e mandando-o para o Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes.

Além de rejeitar que tivesse costurado acordo com Moro, Bolsonaro fez outro recuou nessa quinta-feira. Na transmissão semanal via redes, o presidente disse que a maioria dos que foram às ruas se manifestar contra a suspensão de verba para educação tinha "boa fé", mas foi usada por partidos de esquerda. No dia anterior, o presidente havia chamado os estudantes e professores de "idiotas úteis" e "imbecis".

Prestes a completar cinco meses de mandato, o pesselista enfrenta um dos momentos mais delicados de sua gestão.

Com informações portal O Povo Online

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