Presidente Jair Bolsonaro em transmissão ao vivo no Facebook (imagem capturada do vídeo) |
Um
dia depois dos protestos nas ruas do País contra o congelamento de recursos de
instituições de ensino federal, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) recuou sobre
o compromisso que, segundo ele, havia feito com Sergio Moro (Justiça) de
indicá-lo para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
"Quem
me acompanhou ao longo de quatro anos sabe que eu falava que precisamos de
alguém no Supremo com o perfil de Moro", disse o presidente. "Não
teve nenhum acordo, nada, ninguém nunca me viu com Moro (antes de convidá-lo
para seu ministério)."
As
declarações foram dadas ontem (16/05) durante transmissão ao vivo nas redes sociais,
feita diretamente dos Estados Unidos, aonde o presidente viajou para cumprir
agenda.
No
domingo passado, entretanto, Bolsonaro admitiu que tinha selado "um
compromisso com Moro, porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura". O
presidente relatou ter dito ao ministro: "A primeira vaga que tiver lá (no
Supremo) está à sua disposição".
Questionado
sobre o acerto no dia posterior, o ex-juiz da Lava Jato negou qualquer
tratativa a respeito de próxima vacância no STF, que está prevista para o fim
do ano que vem, com a aposentadoria compulsória do decano Celso de Mello.
Desde
que assumiu a pasta, o ministro vem perdendo espaço no governo, porém. Dias antes
dessa polêmica, deputados federais sob comando do centrão impuseram ao
ex-magistrado uma derrota, aprovando a retirada do Coaf da alçada da Justiça e
mandando-o para o Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes.
Além
de rejeitar que tivesse costurado acordo com Moro, Bolsonaro fez outro recuou
nessa quinta-feira. Na transmissão semanal via redes, o presidente disse que a
maioria dos que foram às ruas se manifestar contra a suspensão de verba para
educação tinha "boa fé", mas foi usada por partidos de esquerda. No
dia anterior, o presidente havia chamado os estudantes e professores de
"idiotas úteis" e "imbecis".
Prestes
a completar cinco meses de mandato, o pesselista enfrenta um dos momentos mais
delicados de sua gestão.
Com
informações portal O Povo Online
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