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21 de maio de 2019

Parlamentares e presidente mudam tom dos discursos

Bolsonaro, Hasselmann e Guedes durante o evento em Brasília (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom)
Em Brasília, as discussões sobre a Reforma da Previdência voltam a figurar no centro do debates da semana, com o Congresso e o Planalto tentando suavizar os desentendimentos. A pauta da reforma da Previdência vinha sumindo em meio às críticas contra o bloqueio orçamentário de instituições federais de ensino superior, realizado pelo Ministério da Educação.

Nas falas de parlamentares e do governo federal, prevaleceu a tentativa de minimizar o atrito que começava a transparecer desde que o presidente da comissão especial que trata da Reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR) disse, na última sexta-feira, que um grupo de deputados havia decidido apresentar um texto alternativo ao enviado pelo governo, de forma a garantir que o projeto tenha o "DNA da Câmara". As mudanças seria feitas através de substitutivo.

Depois de reunir-se ontem com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o relator da proposta amenizou o tom quanto às alterações a serem realizas no Congresso.

"Eu vou fazer um relatório. Se tecnicamente o chamarem de substitutivo, qual é o problema? O importante é que é em cima de um texto que o governo apresentou. Quando há alterações, e nós vamos fazer alterações conversando com o governo, com líderes partidários", argumentou Samuel Moreira.

Ele acrescentou que precisa conversar com os líderes do partido, antes de decidir que pontos alterar no texto. "O relatório ainda não está pronto. Ainda têm emendas entrando. Preciso analisar as emendas dos deputados, ouvir as lideranças, inclusive as de oposição", explicou. o relator descartou apresentação de um texto alternativo.

Paulo Guedes, e o secretário da Previdência, Rogério Marinho, também optaram por colocar panos quentes nos atritos. Enquanto Marinho caracterizou como "falha de comunicação" a declaração do presidente da comissão especial, Guedes manifestou otimismo em relação à tramitação da reforma.

A mudança de discurso do presidente em relação ao Congresso foi perceptível ao longo da segunda-feira. Em viagem ao Rio de Janeiro, ele afirmou que o grande problema do Brasil é a "classe política" e disse que se a Câmara e o Senado possuem uma proposta melhor da Previdência deveriam colocar em votação.

De volta a Brasília para lançamento de campanha publicitária em defesa da reforma, Bolsonaro preferiu seguir os aliados e amenizar o tom quanto aos parlamentares, chegando a incluí-los "time" que está empenhado em aprovar a proposta. Ele disse ainda que valoriza o Parlamento, que "vai dar a palavra final na nova Previdência". Ressaltou, no entanto, que espera que a matéria sugerida pelo governo passe pelas duas Casas com o menor número de emendas possível. (das agências)

O presidente anunciou que, após aprovação da reforma da Previdência, enviará para o Congresso texto de reforma Tributária. "Compreendendo ser um desejo urgente dos brasileiros", escreveu.

Com informações portal O Povo Online

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