Bolsonaro, Hasselmann e Guedes durante o evento em Brasília (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom) |
Em
Brasília, as discussões sobre a Reforma da Previdência voltam a figurar no
centro do debates da semana, com o Congresso e o Planalto tentando suavizar os
desentendimentos. A pauta da reforma da Previdência vinha sumindo em meio às
críticas contra o bloqueio orçamentário de instituições federais de ensino
superior, realizado pelo Ministério da Educação.
Nas falas de
parlamentares e do governo federal, prevaleceu a tentativa de minimizar o
atrito que começava a transparecer desde que o presidente da comissão especial
que trata da Reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR) disse, na última
sexta-feira, que um grupo de deputados havia decidido apresentar um texto alternativo
ao enviado pelo governo, de forma a garantir que o projeto tenha o "DNA da
Câmara". As mudanças seria feitas através de substitutivo.
Depois
de reunir-se ontem com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o relator da
proposta amenizou o tom quanto às alterações a serem realizas no Congresso.
"Eu
vou fazer um relatório. Se tecnicamente o chamarem de substitutivo, qual é o
problema? O importante é que é em cima de um texto que o governo apresentou.
Quando há alterações, e nós vamos fazer alterações conversando com o governo,
com líderes partidários", argumentou Samuel Moreira.
Ele
acrescentou que precisa conversar com os líderes do partido, antes de decidir
que pontos alterar no texto. "O relatório ainda não está pronto. Ainda têm
emendas entrando. Preciso analisar as emendas dos deputados, ouvir as
lideranças, inclusive as de oposição", explicou. o relator descartou
apresentação de um texto alternativo.
Paulo
Guedes, e o secretário da Previdência, Rogério Marinho, também optaram por
colocar panos quentes nos atritos. Enquanto Marinho caracterizou como
"falha de comunicação" a declaração do presidente da comissão
especial, Guedes manifestou otimismo em relação à tramitação da reforma.
A
mudança de discurso do presidente em relação ao Congresso foi perceptível ao
longo da segunda-feira. Em viagem ao Rio de Janeiro, ele afirmou que o grande
problema do Brasil é a "classe política" e disse que se a Câmara e o
Senado possuem uma proposta melhor da Previdência deveriam colocar em votação.
De
volta a Brasília para lançamento de campanha publicitária em defesa da reforma,
Bolsonaro preferiu seguir os aliados e amenizar o tom quanto aos parlamentares,
chegando a incluí-los "time" que está empenhado em aprovar a
proposta. Ele disse ainda que valoriza o Parlamento, que "vai dar a
palavra final na nova Previdência". Ressaltou, no entanto, que espera que
a matéria sugerida pelo governo passe pelas duas Casas com o menor número de
emendas possível. (das agências)
O
presidente anunciou que, após aprovação da reforma da Previdência, enviará para
o Congresso texto de reforma Tributária. "Compreendendo ser um desejo
urgente dos brasileiros", escreveu.
Com
informações portal O Povo Online
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