Mariana Motta compartilha no seu canal Púrpura imagens das postagens de sua participação na manifestação bolsonariana (imagem capturada do Instagram) |
Com
cartazes que diziam coisas que iam desde ‘Não quero me aposentar’, ‘Brasil e
EUA acima de tudo’ e ‘Não à ditadura gayzista, chega de heterofobia’, a
youtuber Mariana Motta, do Canal Púrpura, foi às manifestações a favor do
governo de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), neste domingo (26), na avenida Paulista e
foi aplaudida.
“Hoje,
eu me vesti de #barbiefascista e fui pro meio dos coxa com cartazes cheios de
frases escrotas que eles vivem mandando pro @canalpurpura . a ação tinha como
objetivo construir imageticamente o estereótipo do ódio que levou (e leva)
parte da população a apoiar um governo antipovo que implode as bases populares
e entrega nossos recursos à exploração do capital estrangeiro num projeto de
poder potencialmente destrutivo”, escreveu no Instagram.
De
acordo com ela, os cartazes foram baseados em comentários que ela recebe na
internet, entre eles o inimaginável: ‘chega de universidades! Armas sim, bolsas
não’ e, por mais incrível que pareça, receberam amplo apoio de diversos
manifestantes verde e amarelo.
Imagens
da youtuber foram compartilhadas milhares de vezes nas redes sociais,
acompanhada de interjeições e reações de espanto, sem que ninguém percebesse
que se tratava de uma piada. Mariana Motta é, na verdade, militante de esquerda
e estava infiltrada na manifestação.
O
objetivo, diz, era descobrir se os cartazes causariam espanto entre os
manifestantes. Não foi o caso. “As pessoas aplaudiram os cartazes que eu
trouxe”, relatou.
"MUITO, MUITO, MUITOOOO OBRIGADA, SEUS LYNDOS!! uma ação estratégica de militância
com abordagem de experimento social que acabou rendendo bastante visibilidade
ao #canalpúrpura obrigada a todos que ajudaram compartilhando as
notícias, explicando sobre a trollagem e fortalecendo diante do ataque de
bolsonaristas que o perfil @mari.purpura vem sofrendo em suas publicações mais
recentes vcs são demais!", escreveu Mary em seu canal ao compartilhar a imagem de capa desta postagem.
Publicado
originalmente no portal Carta Capital
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