A buraqueira nas rodovias faz o trânsito ficar lento (Foto: Mauri Melo)
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Os
problemas nas estradas federais e estaduais cearenses não devem ser
solucionados neste ano. No caso federal, há liberação insuficiente de recursos.
A Superintendência Regional do Departamento Nacional de Rodovias (Dnit) no
Estado tem aporte de R$ 50 milhões em manutenção e recuperação. O ideal seria
R$ 150 milhões. A precariedade das vias impacta na logística dos produtos e
aumenta os custos de produção no Ceará.
O
presidente da Associação Empresarial de Indústrias (Aedi), Mozart Martins
revela que o Anel Viário emperra os deslocamentos das cargas que saem do
Distrito Industrial de Maracanaú e diz que os transtornos causados na região
são "crônicos".
"A
situação é delicada, pois cada um (Governo e Dnit) promete uma solução. Dos 32
km de obras, 14 km são em Maracanaú e o que se percebe é que em na cidade a
coisa emperra. O Governo fala em 100 indenizações que precisam ser
feitas", conta.
Além
da indústria, as Centrais de Abastecimento de Ceará (Ceasa) também são
prejudicadas. O analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão, diz que os
produtores encontram dificuldades de locomoção por causa das obras inacabadas.
Responsável pelo Anel
Viário, a Superintendência de Obras Públicas (SOP) do Estado, reiterou que a
previsão de entrega é para o fim do ano. O Dnit deve liberar recursos após
análise do projeto do Estado. A demora é, para o presidente da Câmara Temática
de Logística do Ceará, Heitor Studart, "o maior gargalo logístico do
Ceará, que faz com que o Estado perca em competitividade".
O
secretário do Desenvolvimento Econômico de Maracanaú, Antônio Filho, diz que os
problemas podem fazer com que empresários "não tenham interesse de
implantar negócios no Ceará" e que, no município, mais de 120 empresas
dependem da conclusão do Anel Viário e duplicação da BR-222 até o Porto do
Pecém.
Sobre
a duplicação, a superintendente do Dnit no Ceará, Liris Campelo, revela que são
precisos R$ 167 milhões para conclusão, porém pouco mais de 2% foram liberados.
Ela,
que assumiu o cargo no ano passado, definiu como metas a entrega de viadutos em
Horizonte, Tianguá e Umirim.
Sobre
a liberação de apenas um terço do recurso necessário para manutenção e
recuperação das estradas, diz que a bancada cearense no Congresso está ciente
do problema, bem como o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.
O jornal O POVO percorreu trechos de estradas, desde a BR-116, Anel Viário, BR-020 até a o
início da BR-222 e observou que, com as chuvas, o quadro piorou. Na pista
existem muitas irregularidades, desde buracos até recapeamento desnivelado,
além de muitos desvios para mão dupla e áreas sem iluminação.
ESTRADAS
ESTADUAIS
Desde
2015
1.006,89
km de rodovias entregues.
732,49
km de rodovias em obras.
Também
existe plano de recuperação para as rodovias danificadas pelas chuvas.
PAVIMENTAÇÃO
E DUPLICAÇÕES
Desde
2015
2.034,57
km de malha viária sofreram intervenções.
R$
1.665.527.773,72 em investimentos.
732,49
km estão em obras.
R$
808.772.877,90 em investimentos.
Fonte:
SOP
ESTRADAS
FEDERAIS
Contratos
Assinados:
BR-403
- trecho entre Cruz e Acaraú.
BR-116
- trecho de Chorozinho até Ipaumirim.
BR-020
- trecho entre Canindé e Boa Viagem e em Crateús.
OBRAS
INICIADAS: BR-304
e BR-122.
CONTRATOS
A SEREM ASSINADOS: BR-116
- trecho de Chorozinho.
RECURSOS
EM LIBERAÇÃO: Recursos
para obra do Anel Viário estão garantidos e projeto do Estado passa por
aprovação do Dnit.
Fonte:
Dnit Superintendência no Ceará
Com
informações portal O Povo Online
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