Os
protestos do primeiro Dia do Trabalho no governo Jair Bolsonaro (PSL)
pretendiam ser sinalização de união de diferentes forças em contraponto a
políticas do atual governo. Funcionou até certo ponto.
A lacuna principal foi a
ausência de Ciro Gomes. O presidente do PDT, Carlos Lupi, até estava presente.
O ex-governador do Ceará chegou a confirmar participação, segundo os
organizadores, mas depois cancelou. Sem ele, ficou a esquerda mais tradicional:
PT, PCdoB, Psol. Além de Ciro, Marina Silva (Rede) também não apareceu.
A
sinalização de uma grande frente contra a reforma da Previdência e contra
Bolsonaro não ocorreu.
Houve
o simbolismo da união de centrais sindicais que não se bicam, não se gostam,
não se entendem, não se respeitam, mas acham Bolsonaro ainda pior.
Porém,
no aspecto político, não houve o indicativo de um novo momento para a oposição
de esquerda. Quanto a Ciro Gomes, ele mantém a distancia regulamentar em
relação à esquerda tradicional. Sobretudo o PT.
Em
seguidas ocasiões, ele deixou claro que considera o desgaste do PT fator que
inviabiliza o partido como alternativa de poder e evita ao máximo se misturar.
Ciro não quer ser o tipo de esquerda que articulou os sindicatos ontem contra a
reforma da Previdência. A dúvida é que cara ele dará ao caminho político que
pretende seguir.
Se
o governo Jair Bolsonaro (PSL) segue um tanto confuso, a oposição não está
menos perdida.
Publicado
originalmente no portal O Povo Online. Foto:
Rodrigo Pilha
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