Centrais sindicais afirmaram que o pedetista chegou a confirmar presença (Foto: Divulgação) |
A
ausência do candidato derrotado à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT),
em ato em alusão ao Dia do Trabalho, em São Paulo, na última quarta-feira (01/05), gerou
diferentes reações entre políticos do campo intitulado progressista. Centrais
sindicais que organizaram o evento afirmaram que o pedetista chegou a confirmar
presença. Também ex-candidatos, Guilherme Boulos (Psol) e Fernando Haddad (PT),
foram à manifestação. O psolista, inclusive, citou a falta do ex-ministro ao
falar da necessidade de ampla união da esquerda.
O
presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, alega que Ciro cancelou participação
por entender que a presença teria ares eleitorais, o que ele não queria que
acontecesse. Questionado, então, se a constante agenda em universidades e em
entrevistas televisivas não sinalizam intenção de tentar a Presidência, Lupi
concordou. Lembrou, contudo, que esses ambientes são propícios à construção
eleitoral, diferentes do ato.
Ainda
segundo Lupi, a ausência não foi modo simbólico de se mostrar alternativa ao
Partido dos Trabalhadores e à esquerda tradicional. Ele diz que,
independentemente disso, Ciro e o PDT demarcam - e seguirão demarcando -
diferença em relação à legenda. "Tudo o que o governo Bolsonaro fizer que
signifique retirada de diretos, cria uma unidade entre a oposição",
ponderou.
Para
o deputado federal José Guimarães (PT), Ciro erra ao se descolar dessas
movimentações. E minimiza o argumento de Lupi: "Todo mundo estava lá, eu,
Boulos e Haddad".
"Era
muito importante se o Ciro estivesse. Ele virou o principal crítico do PT, mas,
para nós, mais do que discutir o legado (petista), é pensar o País. Quem tem
compromisso democrático pensa o país", acrescentou, salientando que Haddad
foi festejado no ato.
Guimarães
afirmou que a principal tarefa do "campo democrático" é de união,
"ainda que alguns resistam", e em "juízo político". Apesar
da crítica, ele lembrou que PT e PDT fazem parceria na Câmara dos Deputados.
Mesmo
discurso adotou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). Ressaltou o
alinhamento que os partidos têm tido na casa legislativa, sobretudo contra a
reforma da Previdência. Para ele, independentemente da vontade de "quem
quer que seja", há afinidade natural entre partidos.
Embora
não tenha se manifestado sobre a ausência de Ciro por não saber as razões,
Costa diz não saber se ele estará em outros compromissos semelhantes.
"Espero que esteja, até porque é uma liderança importante".
Para
o deputado federal Ivan Valente (Psol-SP), é evidente que Ciro quer distância
da sigla de Lula. "Não participou do segundo turno e o PDT não quis formar
unidade para a presidência da Câmara, quando o Freixo era candidato. Então,
claramente ele tem proposta diferente do bloco de esquerda e do PT,
particularmente".
Com
informações portal O Povo Online
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