O
presidente Jair Bolsonaro, em mais uma polêmica, afirmou ontem (05/04) que não nasceu para ser presidente, e sim militar. “Desculpem as caneladas”,
disse em discurso no Palácio do Planalto para inauguração do Espaço de
Atendimento de Ouvidoria da Presidência da República.
Segundo
o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente questionou a quantidade de
problemas do seu cargo: “Às vezes me pergunto, meu Deus, o que fiz para merecer
isso? É só problema.”
A
fala se deve ao fato de Bolsonaro perder popularidade e ser o presidente que
teve a menor aprovação para um primeiro mandato desde 1995. Duas pesquisas
foram divulgadas nesta sexta e indicam essa queda do presidente.
O
primeiro semestre de um presidente que entrou no cargo pela primeira vez é
sempre considerado a “lua de mel”, fase em que os deslizes são perdoados e os
defeitos relevados pela maior parte dos eleitores. Foi assim com FHC, Lula e
Dilma, mas não com Bolsonaro.
Ao
se negar fazer a “velha política”, o pesselista perdeu força no Congresso e a
reforma da previdência- seu principal projeto – corre risco de não ser
aprovada. Mais cedo, em um café com
jornalistas, Bolsonaro disse que o governo vai costurar apoio por projetos na
Câmara e no Senado, sem toma lá, dá cá. A tarde ele se encontrou com lideranças
de partidos para tentar criar uma base política sólida, mas não deixou claro
como isso vai acontecer.
E
essa não foi a única polêmica do dia. O presidente também contou aos
jornalistas que acabaria com o horário de verão. Segundo ele, o assunto já foi
discutido com o ministro de Minas e Energia. A promessa provocou uma onda de
repercussão nas redes sociais, e vem dividindo opiniões. A hashtag
#Horáriodeverão é um dos assuntos mais comentados no Twitter.
Publicado
originalmente no portal Carta Capital
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