Mourão classificou pedido de impedimento como 'bobagem' (Foto: Valter Campanato) |
O
Deputado e vice-líder do governo no Congresso, Marco Feliciano (Podemos-SP)
informou na última quarta-feira (17/04) que protocolizou pedido de impedimento
do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB). Feliciano alega que Mourão curtiu
uma postagem crítica a Bolsonaro feita pela jornalista Rachel Sheherazade, do
SBT. Na publicação curtida, a jornalista opina que Mourão é a melhor opção para
gerir o País.
A
ação marca guinada de Feliciano ao olavismo. Pastor e o filósofo, inclusive,
estiveram juntos nos Estados Unidos. Olavo também ataca o núcleo militar do
Governo, sobretudo Mourão.
"Nunca
antes, nos primeiros 100 dias do governo de um presidente, um vice-presidente
agiu de maneira tão indecorosa e indelicada, desdizendo tudo que o presidente
da República diz", criticou o deputado na última quarta-feira, ao anunciar
a protocolização do pedido.
O
pastor evangélico ainda disse que não considera o vice-presidente como general
no Governo, mas um civil. "Não é um tiro para matar, é um tiro para o
alto, um tiro de alerta. Tem alguém observando, senhor Hamilton Mourão",
intimou. No Twitter, ressaltou que Dilma teve 19 pedidos antes do derradeiro e cobrou
postura leal do vice.
Em
entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, Feliciano disse que a iniciativa não
reflete a opinião de Bolsonaro. Mais à frente, contudo, ao ser questionado se o
presidente teve conhecimento do pedido e, se teve, qual teria sido a reação, Feliciano
disse que "meu presidente foi muito ético". Acrescentou que não foi
repreendido por Bolsonaro em nenhum momento. Para Feliciano, isso já é
suficiente.
Somente
ontem o vice-presidente da República,
Hamilton Mourão, classificou como uma "bobagem" o pedido de impeachment
dele protocolado pelo deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP), que o
acusa de conspirar contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL). "Se
prosperar, eu volto para a praia", minimizou o general da reserva na saída
da Vice-Presidência da República.
Em
nota publicada nas redes sociais, o ex-candidato à Presidência e líder da sigla
no Senado, Alvaro Dias, afirma que a postura de Feliciano é independente e não
terá o apoio do Podemos.
O
senador cearense Eduardo Girão (Podemos) foi procurado para emitir opinião
sobre a iniciativa do correligionário, bem como sobre a atuação de Mourão após
a posse. O POVO não teve retorno até o fechamento desta matéria.
Com
informações portal O Povo Online
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