Proposta
de Emenda Constitucional (PEC) apresentada na Câmara Federal na última quinta-feira
(11/04) quer estender os mandatos dos vereadores e prefeitos para que, a partir
de 2022, as eleições municipais e gerais sejam unificadas. A iniciativa é do
deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB/SC).
Na
semana passada, em consulta feita pelo parlamentar em assembleia da Marcha a
Brasília em Defesa dos Municípios, mandatários dos poderes Executivo e
Legislativo das cidades vibraram com a possibilidade de ganhar mais dois anos
no poder.
Isso
porque, se aprovada, a PEC cancela o pleito de 2020 e os brasileiros iriam às
urnas dois anos depois para votar para presidente, governador, senador,
deputado federal, deputado estadual, prefeito e vereador.
O
deputado Peninha alega que, com as eleições unificadas, haverá economia de
recursos públicos: “Um bilhão de reais. E o povo não aguenta mais tanta
eleição. Ano passado, tivemos a de presidente e já está todo mundo pensando
nisso novamente”.
Apoio
do governo?
Sua
assessoria nega que a iniciativa esteja vinculada a alguma orientação do
governo Jair Bolsonaro (PSL), mas admite que o parlamentar buscará apoio para
que a PEC seja aprovada ainda este ano – fator obrigatório para seu sucesso, já
que, para o próximo, estão programadas as eleições municipais que Peninha
pretende adiar.
Na
justificativa que acompanha a proposta, no entanto, o deputado não esconde seu
alinhamento à agenda do presidente.
“É
preciso considerar o momento delicado que o País atravessa. Com a supressão do
pleito eleitoral de 2020, a classe política, livre dos encargos inerentes às
campanhas eleitorais, poderá concentrar-se nas reformas de que a República
tanto precisa”, afirma.
Publicado
originalmente no portal Revista Fórum
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