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5 de abril de 2019

Centenário de Nenen Rodrigues por José Evantuil


Francisca Rodrigues da Silva (D. Nenê Rodrigues), filha do casal Francisca Rodrigues da Silva e Jose Rodrigues da Silva. Foi casada com Francisco Esmerino da Silva, da união teve uma filha única: Maria Socorro.

É uma honra única para mim estar aqui com todos vocês enquanto nos reunimos para celebrar o nascimento e a vida de uma das verdadeiras gigantes da história. Esta mulher é a própria História de Altaneira. Pois viu nosso lugar nascer e florescer. Ela teve uma infância difícil e feliz! Cuidava dos animais domésticos e brincava com outras crianças!

Ela nasceu para vencer! Somos hoje, testemunhas de mais uma de suas façanhas na qual poucos terão o prazer de vivenciar: Colecionar por 100 vezes o cinco de abril!

Nascida numa família humilde que tinha na roça a única forma de sobrevivência, sendo desde os 7 anos ajudando ao pai. Em suas memórias, mostra que teve muito apego ao pai, sinal que muito colaborou para ajudar a criar os irmãos mais pequenos em tempos tão difíceis.

Apesar de quer apenas brincar na sombra das catingueiras e camarás, Deus tinha uma missão muito séria para revelar às duas crianças Nene e Antonio. Como em Fátima, aqui duas crianças descobrem um símbolo de fé que alicerçaria à jovem comunidade. Ali nasceria um marco da fé e religiosidade do pequeno lugar. Quase confundindo-se com gravetos e arbustos os dois encontrariam uma Cruz abandonada.

Para eles apenas um achado, que seria o ponto zero da Capela de Santa Tereza e da cidade em seguida. Por anos, administrou cafés e evoluiu num empreendimento de referencia local: O Hotel de Nenê Rodrigues na Rua Furtado Leite, que encerrou em 1982, mas foi peça central no envolvimento, acolhida e solidariedade com os filhos da terra e forasteiros. Até hoje é sem dúvidas para da composição de nossas belas e alegres memórias. Quem não lembra dos sabores, aromas e dos amores sentidos e vividos no ambiente que esta grande mulher escolheu para passar a vida: Ao lado de panelas cheias e garrafas de café!?

Tendo uma vida muito próximo dos grandes homens da politica local, chegou a alertar o Coronel Né de Almeida a ter mais cuidados com a vida, após contar um sonho que teve com o mesmo, 3 dias antes dele sofrer o atentado fatal.

Não havia razão para acreditar que uma mulher pobre e semianalfabeta pudesse alterar a História de um lugar ainda mais pobre que ela. Viveu sujeita aos caprichos e subordinações de uma época em a mulher foi cada vez mais subjugada. Nada disso barrou os desígnios dessa grande cidadã de Altaneira e do mundo!

A lição que nos ensina nesse seu centésimo ano de vida é que vale a pena acreditar no ser humano, fazer o bem não agarrar-se ao apego de bens materiais e dividir sorrisos abraços e esperanças: tudo isso nos proporciona um longa ceara de amigos sinceros!! 

SINCEROS PARABÉNS!!!

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