As
declarações e atos do presidente fortalecem a tese de que não houve golpe em
1964. Os
defensores de tal absurdo garantem que as Forças Armadas protagonizaram um
conjunto de atos reativos, necessários e legais.
Bolsonaro e seu grupo são
entusiastas do governo de exceção. Contudo, diferente de quando era um deputado
do baixo clero que enaltecia a ditadura, o político do PSL hoje representa o
Estado democrático de direito.
É
justamente contra as instituições democráticas que Bolsonaro vem pautando as
ações de governo. Debocha da dor de milhares de famílias traumatizadas.
Aprofunda uma lógica de ódio.
Diante
do cenário de caos na administração, mobiliza seu exército virtual para tentar
desviar o foco da crise e frear a queda de sua popularidade. As instituições
responderam com certa timidez.
O
presidente do STF já questionou publicamente a tese do golpe de 1964. Os
presidentes da Câmara e do Senado tentaram jogar panos quentes. Não é
necessário citar as pesquisas sérias comprovando a ruptura institucional e as
consequências catastróficas para as mais diferentes áreas.
Só
podemos comemorar a reação imediata de brasileiros e estrangeiros que não deixaram
de denunciar a farsesca tentativa de reescrever a história.
Publicado
originalmente no portal O Povo Online
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