Depois
de se tornar alvo de críticas por divulgar vídeo impróprio nas redes sociais, o
presidente Jair Bolsonaro (PSL) divulgou ontem (05/02) nota na qual nega que sua intenção fosse
criticar o Carnaval "de forma genérica".
Ainda
na noite da última terça-feira (05/02), Bolsonaro postou vídeo no Twitter no qual dois
homens aparecem supostamente numa festa em São Paulo.
Dançando
sobre uma parada de ônibus, um deles introduz o dedo no próprio ânus. Em
seguida, ele é banhado por um jato de urina pelo segundo homem, prática
conhecida como "golden shower" ou urofilia.
Ao
compartilhar o vídeo, o presidente escreveu que não se sentia confortável em
mostrar (o conteúdo), mas tinha que "expor a verdade para a população ter
conhecimento e sempre tomar suas prioridades".
O
pesselista acrescentou: "É isto que tem virado (sic) muitos blocos de rua
no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conclusões".
Ontem,
o presidente voltou ao assunto no Twitter. "O que é golden shower?",
perguntou. A expressão havia assumido o topo dos termos mais buscados nos
mecanismos de pesquisa.
O
episódio, que repercutiu na imprensa nacional e internacional, fez os juros e o
dólar saltarem ontem, numa resposta do mercado interpretada como sinal de
alerta.
Em
nota divulgada no começo da noite de ontem, o Planalto negou que Bolsonaro
tivesse criticado o Carnaval - nos cinco dias de festa, protestos contra o
presidente foram comuns nas capitais brasileiras.
"No
vídeo postado pelo sr. presidente da República em sua conta pessoal de uma rede
social, há cenas que escandalizaram, não só o próprio Presidente, bem como
grande parte da sociedade", registra a nota, que continua: "É um
crime, tipificado na legislação brasileira, que violenta os valores familiares
e as tradições culturais do Carnaval".
Segundo
a assessoria presidencial, "não houve intenção de criticar o Carnaval de
forma genérica, mas sim caracterizar uma distorção clara do espírito momesco,
que simboliza a descontração, a ironia, a crítica saudável e a criatividade da
nossa maior e mais democrática festa popular".
O
compartilhamento do conteúdo escatológico foi condenado mesmo por aliados do
presidente, como o deputado Kim Kataguiri, do DEM de São Paulo.
Também
no Twitter, o parlamentar escreveu: "Há muitas boas razões para criticar o
Carnaval, não faltam problemas que poderiam ser evidenciados e evitados".
E
complementou: "Isso não justifica mostrar uma obscenidade para milhões de
famílias por meio de uma rede social sob o pretexto de criticar a festa. Isso
não é postura de conservador".
Com
informações portal O Povo Online
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