Recém-saído
da lista de filiados do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), o senador
Eduardo Girão, agora no Podemos, elencou razões que justificam a migração para
o novo partido, ocorrida sábado passado(02/02).
Em
nota, o político explicou que a definição de deixar a legenda guarda relação
com a eleição do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) a
presidência do Senado.
Em
primeiro lugar, Girão destaca a retirada da candidatura do líder do Podemos à
presidência do Senado, Alvaro Dias, "por quem tenho uma admiração de longa
data", que
o comoveu.
Entre
vários nomes postos, Alcolumbre foi o escolhido como candidato anti-Renan. Além
de Dias, eram possibilidades ainda Simone Tebet (MDB-MS), Tasso Jereissati
(PSDB-CE) e Major Olímpio (PSL-SP), que se retiraram da disputa.
"Também não me
senti bem em ficar em um partido que tinha até candidato à Presidência do
Senado e que não seria a minha opção de voto", acrescenta o ex-presidente
do Fortaleza Esporte Clube, se referindo ao ex-presidente Fernando Collor, que
obteve três votos nesta eleição.
No
Podemos, o senador revela que terá mais espaços para defender suas bandeiras,
que "abraço há tempos". Girão já liderou movimento anti-aborto, além
de marcar posições contrárias a, por exemplo,
jogos
de azar.
Na
nota, ele se referiu também ao padrinho político, o deputado federal Capitão
Wagner, que preside o Pros no Estado. Disse que o amigo e líder o acompanhou
durante todo o processo de reflexão que resultou na sua saída do partido e
"compreendeu a coerência dos fatos". A foto postada na rede social
dele, inclusive, mostra o contorno dos dois saindo do que seria uma igreja.
Conforme
o deputado Capitão Wagner, os dois já vinham conversando sobre a questão há
dias e saída se deu de modo tranquilo. Wagner afirma que causou algum
constrangimento a candidatura de Collor à presidência do Senado, já que Girão
foi um dos protagonistas das tratativas que buscaram um nome que pudesse
derrotar Calheiros.
Na
contramão de determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), Girão também
liderou movimento no Congresso, colhendo a maioria das assinaturas entre
senadores para que a eleição se desse com voto aberto. Embora pudessem manter a
escolha em segredo, muitos publicizaram o candidato, caso dele e de Tasso
Jereissati (PSDB), por exemplo. A abertura dos votos levou Calheiros a largar a
postulação, já que entendeu o pleito como ilegítimo.
Além
disto, Wagner também externa que o senador pensou que seria líder da bancada na
Casa, já que foi o único eleito pela sigla. Doutora Zenaide Maia, do Rio Grande
do Norte, se elegeu pelo PHS; Collor, antes no PTC, entrou para os quadros do
Pros em janeiro deste ano e o já senador Telmário Motta, de Roraima, era do
PTB, tentou o governo do estado e perdeu. Motta assinou ficha de filiação na
última quinta-feira, 31, e foi anunciado líder da bancada do Pros.
No
Senado, os novos correligionários de Girão serão Alvaro Dias e Oriovisto
Guimarães, ambos do Paraná; Elmano Férrer, do Piauí; o ex-jogador Romário, do
Rio de Janeiro; Rose de Freitas, do Espírito Santo e Styvenson Valentim, do Rio
Grande do Norte.
Com
informações portal O Povo Online
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