Haddad recepcionado por militantes petistas em Fortaleza (Foto: Divulgação) |
De
passagem por Fortaleza, onde realizou ato do PT, o ex-candidato Fernando
Haddad, segundo colocado nas eleições presidenciais, afirmou que o governo de
Jair Bolsonaro (PSL) é um "Temer piorado". "O
governo tem se apresentado como um governo Temer piorado, em todas as áreas,
inclusive na reforma da Previdência", disse o petista.
Ao ser questionado sobre
a proposta de idade mínima para o regime de aposentadorias apresentada pelo
Planalto um dia antes, o ex-ministro afirmou que ainda não a tinha visto.
"Acho que ninguém conhece em detalhes (a reforma). Tem muito mais
perguntas sem resposta."
Em
sua primeira visita ao Ceará desde o pleito de outubro, Haddad agradeceu por
seu desempenho no Estado, onde obteve 71% dos votos. Durante o dia, o
ex-prefeito de São Paulo esteve reunido com o governador Camilo Santana (PT),
com quem almoçou.
À
tarde, participou de debate com a deputada federal Luizianne Lins (PT), no
Centro Dragão do Mar de Arte de Cultura. No local, falou a uma plateia de
jovens e tocou guitarra ao lado do também deputado José Guimarães (PT) e da
ex-prefeita de Fortaleza.
Sobre
as investigações que Bolsonaro anunciou que tinha ordenado nos contratos
selados pelo Ministério da Educação (MEC) em gestões passadas - Haddad foi
ministro da pasta nos governos Lula e Dilma -, o petista respondeu que "os
técnicos da CGU (Controladoria Geral da União) fazem um trabalho muito
sério".
Segundo
ele, "os programas do MEC são muito grandes, e pode haver uma instituição
ou outra que tenha descumprido uma regra". E acrescentou: "Nós
chegamos a levar ao conhecimento do Ministério Público casos de instituições
que não se comportavam bem".
Haddad
também falou sobre a crise envolvendo o ministro da Secretaria-Geral da
Presidência Gustavo Bebianno, acusado de liberar recursos para candidatas
"laranjas" em Pernambuco e Minas Gerais.
De
acordo com o ex-candidato, não se tratam apenas de "denúncias, mas de
provas em um estado muito avançado". Haddad então afirmou que "a
tutela tem sido a marca desses últimos 45 dias", dada a incapacidade de
articulação. "Sempre que tem uma reunião do governo", ironizou o
ex-prefeito, "a pergunta é: qual é o adulto na sala?".
Perguntado
sobre as eleições de 2022, Haddad desconversou, mas disse que a oposição tem um
papel hoje de "ajudar a construir alternativas, e é o que estamos fazendo
aqui hoje".
Com
informações portal O Povo Online
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