Bancada Federal cearense com o ministro Sergio Moro (foto: Divulgação/Redes Sociais) |
O
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, recebeu na tarde de ontem (26/02) em seu
gabinete, deputados cearenses. O encontro durou
aproximadamente meia-hora. Na oportunidade, deputados apresentaram demandas e
sugeriram aperfeiçoamentos ao pacote anticrime apresentado pelo ministro no
último dia 19.
Conforme
o coordenador da bancada cearense na Câmara, o deputado Domingos Neto (PSD) Moro
solicitou aos cearenses apoio ao conjunto de medidas anticrime, além do auxílio
da bancada para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dê urgência
aos três projetos - o pacote foi fatiado.
Neto
afirmou que o debate sobre segurança pública centrou-se, principalmente, no
cenário das penitenciárias locais. Ele diz que foi reforçada a intenção já
expressada pelo governador Camilo Santana (PT) de que 90 agentes penitenciários
auxiliem os cárceres do Estado.
O
parlamentar disse ter sugerido que o bloqueio de celulares nos presídios,
projeto que já passou pelo Senado, fosse incorporado ao pacote anticrime.
O
deputado Capitão Wagner (Pros), por sua vez, apresentou ao ministro proposta de
liberação do armamento apreendido em ocorrências para uso dos órgãos de
Segurança Pública. As duas ideias, disseram os deputados, foram bem recebidas.
Wagner
afirmou ainda que diverge do pacote quando o texto prevê divulgação de nomes de
facções e milícias. Ele entende que isto daria glamour desnecessário aos grupos
criminosos.
Sobre
a vinda de agentes penitenciários, Wagner adiciona que o ministro destacou
limitações econômicas, ao que ele respondeu que a logística seria custeada pelo
Governo do Estado. Assim, disse Wagner, Moro afirmou que avaliaria a
possibilidade.
Também
presente, Roberto Pessoa (PSDB) diz que cobrou indenização federal aos prédios
públicos e privados que foram alvos de ataques no Ceará. O parlamentar disse
que Moro consultaria a viabilidade legislativa da sugestão.
O
deputado Celio Studart (PV) afirmou ter destacado o alto índice de feminicídio
no Estado. Entretanto, criticou a atenção dada por Moro aos deputados.
"Ele inclusive encerrou a reunião de forma abrupta, disse que estava
atrasado e que não esperava que viessem tantos parlamentares".
Em
dado momento da audiência, diz Studart, Leônidas Cristino (PDT), inscrito para
falar, disse que não contribuiria mais com a discussão.
O
pedetista criticou a disponibilidade de Moro. Para Cristino, "a
pressa" de Moro impediu discussão mais aprofundada sobre o tema.
"Acho que ele deveria ter dado um tempo maior para que a gente pudesse
fazer as colocações necessárias".
Pessoa
minimizou a questão, afirmando que, quando teve a palavra, Cristino apenas
elogiou aliados locais. Ele contra-argumentou. Disse que o Ceará, pelo amplo
investimento feito na área nos últimos 12 anos, poderia ser um laboratório para
o Governo. Sobre apoio ao pacote, Cristino diz que definirá juntamente com o
PDT, que, segundo ele, discutirá após o Carnaval.
Além
dos que falaram com O POVO, estiveram na reunião: AJ Albuquerque,
Denis Bezerra, Dr. Jaziel, Genecias Noronha, Júnior Mano, Pedro Bezerra e Robério
Monteiro
Com
informações portal O Povo Online
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