Um
dia depois de receber alta hospitalar, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fechou
a proposta de idade mínima para aposentadoria em 65 anos para homens e 62 para
mulheres. A previsão é de que o projeto seja assinado pelo presidente e
apresentado ao Congresso até a quarta-feira da semana que vem.
A medida, que difere da
defendida pela ala econômica do Planalto - 65 anos para ambos os sexos, com
transição de dez -, fixa período de transição de 12 anos até a vigência plena
do modelo.
Segundo
deputados ouvidos pelo jornal O POVO, no entanto, mesmo essa idade e faixa para adoção
ainda podem ser modificadas à medida que a proposta for tramitando pela Câmara
e, caso seja aprovada, pelo Senado.
Coordenador
da bancada cearense na Câmara, o deputado federal Domingos Neto (PSD) avalia
que o Governo sabe que o Congresso fará alterações na reforma da Previdência.
"O
governo levantou o sarrafo sabendo que o Congresso vai baixar", disse o
parlamentar. Para ele, "essa idade de 65 para homens deve cair para
62" quando os deputados passarem a discutir finalmente o projeto. O mesmo
vale para o teto das mulheres, que também deve se reduzir.
Questionado
se o Planalto tem hoje apoio suficiente para fazer avançar a reforma, Domingos
Neto disse que não. "Hoje (o governo) não tem voto pra aprovar."
Líder
do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO) admite que o Governo está distante ainda
dos 308 votos necessários à alteração constitucional.
"O
governo não tem base para votar Previdência, está em formação. Hoje o que tem é
o apoio de alguns grupos temáticos em relação a alguns assuntos", disse o
deputado, referindo-se às bancadas ruralista, evangélica e da "bala".
O
deputado também afirmou que, a fim de construir governabilidade e maiorias
parlamentares que lhe permitam aprovar as reformas, entre as quais está a da
Previdência, Bolsonaro terá de contemplar os deputados com cargos e emendas.
"Nós
não queremos ficar só no Parlamento, queremos ajudar a governar e para isso
temos que ter participação no governo", disse o pesselista.
De
acordo com José Guimarães, do PT, a proposta do Governo para aposentadoria é
"machista" porque "penaliza prioritariamente as mulheres".
O
petista, no entanto, avalia que Bolsonaro terá tanta dificuldade para aprovar a
reforma quanto o ex-presidente da República Michel Temer (MDB).
"O
governo não aprovará essa reforma. Não há votos suficientes para isso",
disse, e acrescentou: "O relator da reforma trabalhista não se elegeu.
Vamos derrotar essa reforma do governo no Congresso e nas ruas".
Com
informações portal O Povo Online
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