18 de janeiro de 2019

Renan critica Tasso e Girão


O senador Renan Calheiros (MDB-AL) voltou a usar sua conta no Twitter para criticar a candidatura de Tasso Jereissati (PSDB) à presidência do Senado. "Bato mais facilmente continência para um major da polícia do que para um coronel da política como Tasso", disparou.

Tasso e Renan estão entre os cotados para a presidência do Senado. Renan tem criticado adversários pelo Twitter; além do senador tucano, tem postado contra o procurador federal Deltan Dallagnol, que coordena a Operação Lava Jato em Curitiba, e o senador eleito pelo Ceará, Eduardo Girão, que estreia no Congresso Nacional nesta legislatura.

Dellagnol encabeça uma campanha pela internet que defende o fim do voto secreto para a Presidência do Senado, o que poderia prejudicar Renan na disputa com Tasso. Renan já anunciou que vai entrar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra o procurador.

As afirmações direcionadas a Girão ocorreram após o cearense ter apresentado mandado de segurança ao STF pedindo que senadores réus sejam impedidos de concorrer à presidência do Senado. Calheiros reagiu afirmando que Girão, a pedido de Tasso e a exemplo de Lasier (Martins, senador), entra no STF contra o Senado.

"Trata-se do ex-dono da Ultralimpo, Empal, Ceará, Thompson, Servis, que enganou mais de 40 mil empregados. É o terceiro maior devedor da Previdência do Brasil e o maior do Ceará... e deportado dos EUA", escreveu o emedebista.

O ex-presidente do Fortaleza Esporte Clube reagiu, também pelo Twitter, afirmando que nunca foi deportado dos Estados Unidos e que o tom intimidatório de Calheiros não é mais a tônica dos tempos atuais.

"Medidas judiciais serão tomadas contra calúnias dele. Vim à March For Life nos EUA, de onde ele disse que fui deportado. Sou independente e intimidações podiam até funcionar antes... Agora os tempos são outros!".

Em contato com jornal O POVO por meio da assessoria, Girão afirma em nota que a equipe jurídica dele já trabalha para acionar judicialmente Calheiros.

O senador avalia ainda que o quadro que hoje está posto pode mudar, caso o mandado de segurança seja acatado pelo STF e Renan abandone a corrida.

"Também continuaremos defendo que os colegas abram seu voto durante a votação, como pretendo fazer", acrescentou o senador. Sem citar o nome do emedebista, diz que "jogos da velha política não colam mais: pelo contrário, geram ainda mais desconfiança".

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação de Jereissati para obter resposta sobre a expressão "coronel da política" empregada por Calheiros, mas segundo o portal O Povo até o fechamento da matéria, não houve retorno.

Com informações portal O Povo Online

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