O
senador Renan Calheiros (MDB-AL) voltou a usar sua conta no Twitter para
criticar a candidatura de Tasso Jereissati (PSDB) à presidência do Senado.
"Bato mais facilmente continência para um major da polícia do que para um
coronel da política como Tasso", disparou.
Tasso
e Renan estão entre os cotados para a presidência do Senado. Renan tem
criticado adversários pelo Twitter; além do senador tucano, tem postado contra
o procurador federal Deltan Dallagnol, que coordena a Operação Lava Jato em
Curitiba, e o senador eleito pelo Ceará, Eduardo Girão, que estreia no
Congresso Nacional nesta legislatura.
Dellagnol
encabeça uma campanha pela internet que defende o fim do voto secreto para a
Presidência do Senado, o que poderia prejudicar Renan na disputa com Tasso. Renan já anunciou que vai entrar no Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP) contra o procurador.
As
afirmações direcionadas a Girão ocorreram após o cearense ter apresentado
mandado de segurança ao STF pedindo que senadores réus sejam impedidos de
concorrer à presidência do Senado. Calheiros reagiu afirmando que Girão, a
pedido de Tasso e a exemplo de Lasier (Martins, senador), entra no STF contra o
Senado.
"Trata-se
do ex-dono da Ultralimpo, Empal, Ceará, Thompson, Servis, que enganou mais de
40 mil empregados. É o terceiro maior devedor da Previdência do Brasil e o
maior do Ceará... e deportado dos EUA", escreveu o emedebista.
O
ex-presidente do Fortaleza Esporte Clube reagiu, também pelo Twitter, afirmando
que nunca foi deportado dos Estados Unidos e que o tom intimidatório de
Calheiros não é mais a tônica dos tempos atuais.
"Medidas
judiciais serão tomadas contra calúnias dele. Vim à March For Life nos EUA, de
onde ele disse que fui deportado. Sou independente e intimidações podiam até
funcionar antes... Agora os tempos são outros!".
Em
contato com jornal O POVO por meio da assessoria, Girão afirma em nota que a
equipe jurídica dele já trabalha para acionar judicialmente Calheiros.
O
senador avalia ainda que o quadro que hoje está posto pode mudar, caso o
mandado de segurança seja acatado pelo STF e Renan abandone a corrida.
"Também
continuaremos defendo que os colegas abram seu voto durante a votação, como
pretendo fazer", acrescentou o senador. Sem citar o nome do emedebista,
diz que "jogos da velha política não colam mais: pelo contrário, geram
ainda mais desconfiança".
A
reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação de Jereissati para
obter resposta sobre a expressão "coronel da política" empregada por
Calheiros, mas segundo o portal O Povo até o fechamento da matéria, não houve
retorno.
Com
informações portal O Povo Online
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