O
vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou ontem que uma
ameaça a um parlamentar é um crime contra a democracia. As declarações foram
feitas após ser questionado sobre a decisão do deputado federal Jean Wyllys
(Psol-RJ), que renunciou à vaga na Câmara dos Deputados após relatar ser alvo
de ameaças. Mourão, contudo, ressaltou que as falas do rival político foram
feitas ainda de forma genérica e que somente o parlamentar sabe dos problemas
sofridos.
"Quando
a gente diz que está ameaçado, tem que dizer por quem, como. Vamos
aguardar", declarou o vice, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro
(PSL) no Palácio do Planalto.
"Não estou na chuteira do Jean Wyllys, ele é
que sabe qual é o grau de confusão que ele está metido", afirmou Mourão,
ao ser perguntado se a decisão do parlamentar estava correta.
Mourão
reforçou que quem ameaça parlamentar está cometendo um crime contra a
democracia.
"Acho que quem ameaça parlamentar está cometendo um crime contra a democracia porque uma das coisas que é mais importante é você ter sua opinião e ter a liberdade para expressar sua opinião. Os parlamentares estão ali eleitos pelo voto, representam os cidadãos que votaram neles. Quer você goste, quer você não goste das ideias do cara, você ouve. Se gostou, bate palma. Se não gostou, paciência."
"Acho que quem ameaça parlamentar está cometendo um crime contra a democracia porque uma das coisas que é mais importante é você ter sua opinião e ter a liberdade para expressar sua opinião. Os parlamentares estão ali eleitos pelo voto, representam os cidadãos que votaram neles. Quer você goste, quer você não goste das ideias do cara, você ouve. Se gostou, bate palma. Se não gostou, paciência."
O
vice-presidente afastou a possibilidade de relacionar a decisão do deputado com
a investigação sobre o atentado contra Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
O então candidato recebeu uma facada na barriga e ainda sofre com sequelas do
atentado.
Nas
redes sociais, apoiadores do presidente impulsionam a expressão #InvestigarJeanWillis" insinuando que o deputado do Psol estaria
"fugindo" de uma investigação por fazer parte do partido ao qual
Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra o pesselista, já foi
filiado.
"Em
nenhum momento apareceu alguma coisa que ligasse um com outro. Acho que isso aí
é o wishful thinking (desejo que algo aconteça)", afirmou o Mourão.
Após
o anúncio da decisão de Jean Wyllys, Jair Bolsonaro divulgou ontem um post em
que fazia ilações da ligação do atentado contra ele com o Psol.
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