Sessão Solene de Posse no Congresso Nacional (Foto: Pedro França) |
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após fazer o juramento de posse no Congresso Nacional, Jair Bolsonaro foi empossado às 15h10 presidente do Brasil.
Ele jurou "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis,
promover o bem geral do povo brasileiro e sustentar a União, a integridade e a
independência do Brasil." O mesmo foi feito por seu vice, Hamilton
Mourão.
Em
seu primeiro discurso como presidente da República, Bolsonaro, em cerca de dez
minutos, anunciou, sem detalhar, que fará reformas estruturantes e criará um
circulo virtuoso de confiança na economia. Ele pediu o apoio do povo unido e do
Congresso para reconstruir o país. Segundo ele, os "enormes desafios"
poderão ser superados com a "sabedoria de ouvir a voz do povo."
"Aproveito
este momento solene e convoco os congressistas para me ajudar na missão de
restaurar e de reeguer a nossa pátria. Libertando-a definitivamente do jugo da
corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e submissão
ideológica", afirmou. “Vamos unir o
povo, valorizar a família, respeitar as religiões e a nossa tradição
judaico-cristã, combatendo a ideologia de gênero, resgatando os nossos valores.
O Brasil passará a ser um país livre das amarras ideológicas",
acrescentou.
Ao
começar a ler, de óculos, seu pronunciamento, o presidente saudou as
autoridades e chefes de Estado presentes e sua família, em especial a esposa
Michelle - a quem, fez questão de
destacar, conheceu na Câmara dos Deputados. Além de reafirmar o tom de seu
discurso de campanha, Bolsonaro reiterou o compromisso com pontos de seu
programa de governo, como a defesa do porte de armas, o apoio à ação dos policiais e das Forças Armadas, o
redirecionamento da política externa e mencionou ainda eventuais mudanças na
educação pública.
“Reafirmo
meu compromisso de construir uma sociedade sem discriminação nem divisão. Daqui
adiante nos pautaremos pela vontade soberana dos brasileiros que querem boas
escolas capazes de preparar seus filhos para o mercado de trabalho e não para
militância política, que sonham com a liberdade de ir e vir sem ser vitimados
pelo crime, " enumerou.
Bolsonaro
destacou a questão do porte de arma, que pretende autorizar, segundo já
anunciou, por meio de decreto presidencial. "O cidadão de bem merece
dispor de meios para se defender, respeitando o referendo de 2005, quando optou
nas urnas pelo direito à legitima defesa."
Economia
Sobre
economia, ele disse o seguinte: "Na economia, traremos a marca da
confiança, do interesse nacional, do livre mercado e da eficiência. Confiança
no cumprimento que o governo não gastará mais do que arrecada e na garantia de
que as regras, os contratos e as propriedades serão respeitadas."
E
acrescentou: "Realizaremos reformas estruturantes, que serão essenciais
para a saúde financeira, e sustentabilidade das contas públicas, transformando
o cenário econômico e abrindo novas oportunidades. Precisamos criar um círculo
virtuoso para a economia para permitir abrir os nossos mercados para o cenário
internacional, estimulando a competição, a produtividade e a eficácia sem o
viés ideológico. Bolsonaro destacou a importância do agronegócio para o país.
"O setor agropecuário terá papel decisivo, em perfeita harmonia com a
preservação do meio ambiente", disse.
>>
Ouça os discursos de Bolsonaro na posse presidencial
Equipe
técnica
Ele
afirmou ainda ter montado uma
"equipe técnica, sem o tradicional viés político, que tornou o Estado
ineficiente e corrupto." Prometeu
valorizar e resgatar a credibilidade do Congresso. Bolsonaro defendeu ainda "um pacto
nacional entre sociedade e os Três Poderes e disse que sua prioridade será
"proteger e revigorar a democracia
brasileira", para que se tenha uma sociedade" justa desenvolvida", com saúde e educação, que
estabeleça uma ruptura com as práticas antigas - referindo-se à corrupção.
Neste "novo capítulo", frisou o presidente, "o Brasil será visto como pais forte,
pujante, confiante e ousado".
Como
sempre tem feito, ele agradeceu aos profissionais de saúde e a Deus por ter
salvado sua vida e se disse "fortalecido e emocionado". Desta vez,
foi mais enfático sobre o atentado a faca que sofreu em Juiz de Fora.
"Inimigos
da pátria, da ordem e da liberdade tentaram acabar com a minha vida.",
afirmou. Jair Bolsonaro disse ter sido defendido pelos brasileiros. Nada
aconteceria sem esforço e o engajamento de milhares de brasileiros que tomaram
as ruas para defender a democracia", afirmou.
Com
informações portal Agência Brasil
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