Manifestantes fizeram abraço simbólico ao Fórum Trabalhista em Fortaleza (Foto: Mauri Melo) |
Entidades,
associações e centrais sindicais se uniram contra uma possível extinção da Justiça
do Trabalho, em manifestação na manhã de ontem em frente ao Fórum Autran Nunes,
no Centro. No ato, o clima era de preocupação com causas sociais diretamente
afetadas por um possível fim de uma justiça especializada nas causas
trabalhistas.
O
movimento ocorre em resposta ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), que afirmou,
em entrevista ao SBT de 3 de janeiro, que estuda o fim da Justiça do Trabalho.
O
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Erinaldo Dantas,
definiu o momento como histórico.
"Não é contra governo algum. É a favor da democracia, dos direitos fundamentais. A Justiça do Trabalho é extremamente eficiente, garante a eficácia dos direitos do trabalho no Brasil. Não podemos permitir que uma instituição como essa, que já garantiu a vida e a dignidade de tantas vidas, corra o risco de acabar", ponderou.
"Não é contra governo algum. É a favor da democracia, dos direitos fundamentais. A Justiça do Trabalho é extremamente eficiente, garante a eficácia dos direitos do trabalho no Brasil. Não podemos permitir que uma instituição como essa, que já garantiu a vida e a dignidade de tantas vidas, corra o risco de acabar", ponderou.
Dantas
anunciou que haverá um fórum permanente para discutir justiça do trabalho no
Estado e dar continuidade ao movimento iniciado ontem. Participaram do evento
advogados, procuradores, juízes.
A
manifestação foi puxada pela Associação dos Advogados Trabalhistas do Ceará
(Atrace). Nos sindicatos, a presença maior foi marcada pelo Sindicato dos
Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort).
"Entendemos
a importância de todos os movimentos sociais estarem à frente desse ato. Já
basta o presidente Bolsonaro ter extinguido o Ministério do Trabalho. A Justiça
do Trabalho é para o trabalhador. Ela tem dado muito resultado e o fim seria a crescente
precarização dos serviços e também falta de fiscalização que vai existir, por
exemplo, nos acidentes de trabalho", declarou Nascelia Silva, presidente
do Sindifort e secretária-geral da Intersindical no Ceará.
Entoando
gritos de "ninguém solta a mão de ninguém", o Sindifort puxou um
abraço coletivo ao Fórum Autran Nunes.
Erinaldo
Dantas citou ainda ofício do Tribunal Superior do Trabalho (TST), enviado às Cortes
Regionais, desmentindo possível extinção da área.
"O presidente do TST disse que esteve com o presidente Bolsonaro que afirmou: 'não está no nosso radar acabar com a justiça do trabalho'", comentou Dantas.
"O presidente do TST disse que esteve com o presidente Bolsonaro que afirmou: 'não está no nosso radar acabar com a justiça do trabalho'", comentou Dantas.
A
frase "Ninguém solta a mão de ninguém" repercutiu logo após o fim do
segundo turno das Eleições 2018, com a vitória de Jair Bolsonaro para a
Presidência da República.
Com
informações portal O Povo Online
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