Capitão Wagner integrará a base do Governo, Celio Studart se declara independente e André Figueiredo deve liderar a oposição ao Governo (Foto: Divulgação) |
A
larga vantagem que o candidato derrotado na eleição Fernando Haddad (PT) teve
sobre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Ceará - 71,11% dos votos válidos
contra 28,89%, conforme o TSE - não se reflete na Câmara dos Deputados. Na
bancada cearense, composta por 22 deputados federais, o cenário deverá ser de
equilíbrio.
O
deputado federal Capitão Wagner (Pros) projeta de nove a dez deputados locais
na base de Bolsonaro. São eles: Heitor Freire (PSL), Domingos Neto (PSD),
Vaidon Oliveira (Pros), Roberto Pessoa (PSDB), Moses Rodrigues (MDB), Junior
Mano (Patriota), Genecias Noronha (Solidariedade) e Doutor Jaziel (PR). Ele não
informou o décimo.
Wagner
afirma que seu apoio a Bolsonaro não será integral. "A própria reforma da
previdência é uma incógnita, a agenda de privatizações também precisa ser
clara. Vamos apoiar na maioria". Apoio irrestrito ao presidente, Wagner
diz esperar somente de Freire.
Líder
do PDT na Câmara, André Figueiredo (PDT) assegura dez deputados federais na
oposição, com possibilidade de evolução. Como certos, os seis eleitos pelo PDT,
três petistas e Denis Bezerra (PSB). A nível nacional, PDT, PSB e PCdoB
formaram bloco de oposição contra Bolsonaro. Ele cita ainda conversas com o
Partido Verde, sigla que poderá integrar este bloco. Isso aumentaria o número
de cearenses opositores na Câmara, já que Célio Studart está abrigado na sigla.
Studart
confirma a conversa entre partidos, mas nega qualquer definição. Será oposição
quando as ações do Governo forem contra pautas caras ao partido, como a defesa
do meio ambiente. Por enquanto, se define independente. Com quatro parlamentares
eleitos, afirma que o PV terá contornos melhor desenhados dentro de dois a três
meses. "Não há total noção da postura que o governo adotará".
Levantamento
divulgado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
aponta que em toda a Câmara Federal, o governo Bolsonaro começará com 255
deputados apoiadores e 141 opositores.
Confira
a posição dos deputados segundo as lideranças:
NOMES
QUE DEVEM INTEGRAR BASE GOVERNISTA
Capitão
Wagner (Pros)
Domingos
Neto (PSD)
Dr.
Jaziel (PR)
Genecias
Noronha (Solidariedade)
Heitor
Freire (PSL)
Júnior
Mano (Patriota)
Roberto
Pessoa (PSDB)
Moses
Rodrigues (MDB)
Vaidon
Oliveira (Pros)
NOMES
QUE DEVEM INTEGRAR A OPOSIÇÃO:
André
Figueiredo (PDT)
Denis
Bezerra (PSB)
Eduardo
Bismarck (PDT)
Idilvan
Alencar (PDT)
José
Airton (PT)
José
Guimarães (PT)
Leônidas
Cristino (PDT)
Luizianne
Lins (PT)
Mauro
Filho (PDT)
Robério
Monteiro (PDT)
NOME QUE SE APRESENTAM COM POSIÇÃO INDEPENDENTE:
Célio
Studart (PV)
NOMES
AINDA INDEFINIDOS:
A.J.
Albuquerque (PP)
Pedro
Bezerra (PTB)
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