Mais
que resolver um impasse dentro da base aliada, virada de mesa que jogou no colo
de José Sarto (PDT) a presidência da Assembleia evidencia também o poder dos
irmãos Ferreira Gomes dentro do governo do Ceará.
Confirmada
a indicação de Sarto, um dos mais fiéis "ferreiragomistas" do Estado
há décadas, os irmãos conseguirão a proeza de ampliar ainda mais a já marcante
influência de seus capitais políticos no governo cearense.
Até
a semana retrasada, o cenário posto apontava disputa entre Tin Gomes (PDT),
preferido pela maioria dos deputados, e Evandro Leitão (PDT), favorito do
governador. Em conversa com a coluna, alguns parlamentares e assessores
levantaram a possibilidade de uma intervenção maior de Cid e Ciro no processo,
mas diziam não acreditar em um resultado fora de Tin e Evandro. Os próprios
dois deputados, na época, pareciam não acreditar. Pois é.
A
própria disputa pela Assembleia surgiu do esgotamento da candidatura de um
cirista, Zezinho Albuquerque (PDT), para o comando da Casa. Um dos políticos
mais próximos de Cid e Ciro no Ceará - oriundo inclusive da mesma Região Norte
dos irmãos -, Zezinho já despertava insatisfações ao tentar emplacar quatro
mandatos consecutivos no Legislativo. Acabou acomodado no governo, mas foi
substituído por outro aliado próximo do clã.
Atualmente,
pelo menos quatro secretários do governo Camilo são marcadamente da cota
Ferreira Gomes: Mauro Filho (Planejamento), Zezinho Albuquerque (Cidades),
Arialdo Pinho (Turismo) e Lúcio Ferreira Gomes (Infraestrutura), irmão de Cid e
Ciro. A influência, portanto, vai muito além do Legislativo.
Publicado
originalmente no portal O Povo Online
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