Da varanda na basílica de São Pedro O Papa Francisco leu a mensagem natalina (Foto: Tiziana Fabi) |
O
Papa Francisco dedicou a tradicional mensagem de Natal à
"fraternidade" entre os povos, com desejos de que impere a concórdia
na Venezuela e na Nicarágua, que os refugiados sírios retornem ao seu país e
que tenham fim a guerra no Iêmen. Da varanda na basílica de São Pedro, durante
a mensagem natalina seguida pela bênção 'Urbi et orbi' (à cidade e ao mundo), o
papa falou sobre diversos conflitos no planeta.
Francisco
pediu à comunidade internacional um esforço para que os refugiados sírios
"possam viver em paz" em seu país. "Que a comunidade
internacional se esforce de modo veemente para encontrar uma solução política
para que o povo sírio, especialmente os que tiveram que deixar as próprias
terras e buscar refúgio em outro lugar", afirmou o papa diante de 50.000
pessoas na praça de São Pedro no dia de Natal, segundo a polícia do Vaticano.
A
guerra no Iêmen provocou pelo menos 10.000 mortes desde 2015 e se tornou na
pior crise humanitária do mundo, de acordo com a ONU. "Penso no Iêmen, com
a esperança de que a trégua alcançada possa aliviar finalmente tantas crianças
e populações, exaustas pela guerra e o mundo", disse.
O
governo apoiado militarmente pela Arábia Saudita e os rebeldes huthis, apoiados
politicamente pelo Irã, anunciaram nesse mês na Suécia um acordo de cessar-fogo
"imediato" negociado pela ONU.
Francisco
também falou sobre as crises na Venezuela e Nicarágua. "Que este tempo de
bênção permita a Venezuela encontrar de novo a concórdia e que todos os membros
da sociedade trabalhem fraternalmente pelo desenvolvimento do país, ajudando os
setores mais frágeis da população", afirmou o sumo pontífice.
O
papa também desejou que "os habitantes da Nicarágua se redescubram irmãos
para que não prevaleçam as divisões e as discórdias, e sim que todos se
esforcem para favorecer a reconciliação e para construir juntos o futuro do
país". O país enfrenta uma grave crise política desde o início de
protestos contra o governo em abril. A repressão provocou 320 mortes, de acordo
com grupos de defesa dos direitos humanos.
Com
informações portal O Povo Online
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