A Cerimônia de Diplomação foi realizada no Centro de Eventos do Ceará (Foto: Divulgação) |
A
diplomação dos cearenses eleitos no pleito deste ano realizada na tarde de ontem (17/12) foi marcada por
manifestações políticas que refletiram a polarização da campanha. Durante a
entrega do diploma, deputados do partido do futuro presidente Jair Bolsonaro
(PSL) fizeram menção ao político, enquanto petistas gritaram "Lula
livre", em referência ao ex-presidente, que está preso em Curitiba.
A
cerimônia tradicional de entrega dos diplomas do Tribunal Regional Eleitoral do
Ceará (TRE-CE) a todos os eleitos ocorreu na noite de ontem, no Centro do
Eventos do Ceará. Participaram o governador Camilo Santana (PT) e sua vice
Izolda Cela (PDT); os futuros senadores Cid Gomes (PDT) e Eduardo Girão (Pros);
e os deputados federais e estaduais da próxima legislatura.
No
início do evento, a decisão do ministro do Superior Tribunal Federal (STF)
Marco Aurélio, que mandava soltar presos com condenação em segunda instância
ainda estava em vigor. Como a decisão beneficiava Lula, diversos deputados
petistas aproveitaram o momento da entrega para levantar bandeiras com o rosto
do ex-presidente e gritaram palavras de ordem pela soltura dele. Foi o caso dos
federais José Guimarães e Luizianne Lins e dos estaduais Elmano de Freitas e
Moisés Braz, presidente do PT no Ceará.
Em
resposta, o deputado estadual eleito André Fernandes (PSL), o mais bem votado
do Estado, gritou que "lugar de bandido é na cadeia". O deputado
federal Heitor Freire (PSL) aproveitou a entrega do diploma para mostrar um
livro de memórias do coronel Carlos Brilhante Ustra, que foi chefe do Doi-Codi
durante a ditadura. O militar foi homenageado por Bolsonaro durante a votação
do impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016.
Já
o deputado Delegado Cavalcante (PSL) gritou o jargão de Bolsonaro durante a
campanha: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". Durante as
manifestações, os convidados da cerimônia, que assistiam da plateia, também
levantavam bandeiras, aplaudiam e vaiavam as falas.
Além
das manifestações políticas, o evento também foi momento de os eleitos traçarem
objetivos para os seus mandatos. Camilo Santana afirmou que pretende
"garantir que o Ceará seja o estado que mais invista no País", e
prometeu melhorias na educação, segurança e economia.
Os
dois senadores eleitos afirmaram que teriam uma postura independente no
Congresso Nacional e que trabalhariam para trazer melhorias para o Estado.
Enquanto Girão é da base de Bolsonaro, Cid Gomes fará papel de oposição.
Bastidores
O
deputado federal Domingos Neto (PSD) subiu ao palco para receber o diploma de
eleito ao lado dos seus pais Domingos Filho e Patrícia Aguiar (PSD), que também
foi eleita para a Assembleia Legislativa do Ceará. A deputada estadual Dra
Silvana (MDB) também subiu ao palco acompanhada do seu marido Dr Jaziel (PR),
eleito para a Câmara dos Deputados. Aliás, quase todos os deputados
aproveitaram o momento para tirar fotos com os respectivos companheiros e
filhos.
Os
sete deputados estaduais e três federais que tiveram pedido de cassação pelo
Ministério Público Eleitoral do Ceará subiram ao palco e receberam os diplomas
normalmente. Foram eles, os estaduais: André Fernandes (PSL), Aderlânia Noronha
(SD), Danniel Oliveira (MDB), Érika Amorim (PSD), Leonardo Araújo (MDB), Sérgio
Aguiar (PDT) e Tin Gomes (PDT); e os federais: Eduardo Bismarck (PDT), Genecias
Noronha (SD) e Idilvan Alencar (PDT).
A
deputada federal eleita Érika Amorim (PSD) não compareceu à cerimônia e seu
marido Naumi Amorim, prefeito de Caucaia, recebeu no seu lugar. Entre os
atrasados, a reportagem identificou pelo menos dois, que chegaram poucos
minutos do início da entrega: André Fernandes (PSL) e Luizianne Lins (PT).
Com
informações portal O Povo Online
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