Se
eu lhe perguntar qual o melhor caminho para a transformação social, para a
construção de um lugar onde haja comida e bebida para todos, você me dirá que é
a educação.
Um
dos maiores pensadores do Brasil já alertava para esse fato. Paulo Freire dizia
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a
sociedade muda”. Ele sabia bem da importância dela para a vida, para o ato de
cidadania. Afinal, não basta só ter acesso à educação. É preciso permanecer
nela. Mas é muito pouco só permanecer na escola, na universidade.
É fundamental
que haja aprendizado e que este seja uma arma contra a tirania, contra os
ditadores e contra os falsos democratas. É fato que para que isso aconteça
aquele ou aquela que tem o poder de transmitir os “saberes” também tenha esse
desejo.
É
sabido que educar para a cidadania e para a politização é educar para a vida. É
acima de tudo um dever social, pois garante que o educando seja agente
transformador da sua própria história. Mas também é sabido que essa tem sido a
tarefa mais árdua e difícil de se construir por vários motivos.
O principal
deles porque temos uma elite governante (a grande maioria) que não está
preocupada com isso. Não é satisfatório para quem está no poder ter mentes
pensantes. Recorro mais uma vez a Paulo Freire que afirmava “seria uma atitude
ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação
que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de
maneira crítica”.
As
palavras de Freire ganham cada vez mais força diante de um cenário triste em
que o Brasil passa, principalmente na educação. Primeiro a possibilidade já
anunciada por Temer de acabar com a obrigatoriedade constitucional de se gastar
com Educação 18% da receita resultante de impostos; em segundo lugar, some-se a
isso a ideia de se acabar com todas as políticas públicas que fortalecem o
acesso à educação a grupo que sempre lhes foram negadas oportunidades como
negros e indígenas.
Aqui, a ideia é acabar com o sistema de cotas e impedir que
o Brasil seja de fato o que é, um país predominantemente negro; cortes nos
investimentos nas universidades; Em terceiro, o governo não quer quem pesquisa;
Quarto, suspendeu as novas vagas para o Pronatec, ProUni e Fies e a última
ideia repugnante quer acabar com os programas que tem como finalidade reduzir o
analfabetismo.
Por
fim, o presidente eleito em outubro último é uma versão piorada do que ai está.
Pensem
em um adjetivo para quem destrói a educação pública. Pensaram? Então lhes
apresento Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PSL). A educação está por um
triz.
Publicado
originalmente no Blog Negro Nicolau
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