Presidente
do PSL no Ceará, o deputado federal eleito Heitor Freire afirmou ontem (13/11) que
todas as indicações políticas para cargos federais no Banco do Nordeste do
Brasil (BNB) serão exoneradas.
"Esse
aparelhamento de cargos vai ter que chegar ao fim", disse o dirigente
durante encontro com o deputado federal eleito Capitão Wagner e o senador
eleito Eduardo Girão, ambos do Pros. "Isso vem lá de cima, do próprio
Bolsonaro. O critério não é ideológico", acrescentou.
No
Ceará, Heitor, Wagner e Girão formam grupo de parlamentares apoiadores do
presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O encontro de ontem, realizado no
escritório de Heitor, fez parte de uma "reunião de alinhamento" da
oposição ao governo Camilo Santana (PT), segundo o pesselista.
Joia
da coroa entre os cargos federais no Ceará, a presidência e diretorias do BNB
são alvo de disputa entre partidos aliados de Bolsonaro no Estado.
Na
última sexta, 9, Freire afirmou, em almoço com empresários no Ideal Clube, na
capital cearense, que havia submetido uma lista de três nomes para a chefia do
banco à equipe de transição de Bolsonaro.
Hoje,
os cargos mais importantes do BNB são de indicação do presidente do Senado
Eunício Oliveira (MDB), que não se reelegeu em 2018. Questionado diretamente
sobre esses postos ligados a Eunício no Banco do Nordeste, Heitor respondeu
que, "infelizmente, existe aparelhamento", mas prometeu um
"desaparelhamento" imediato. "O critério não é ideológico, é
técnico", enfatizou.
O
parlamentar admite, porém, que a mudança no comando do banco "vai ser
feita de forma bem leve". E completou: "Nós queremos que a
intervenção política seja mínima possível".
Além
do BNB, constituem foco de interesse de aliados a Companhia Docas do Ceará,
Ibama e Fundação Nacional da Saúde (Funasa). No entanto, os interesses recaem
no banco, cujo orçamento é chamariz a cada novo governo.
Sobre
o almoço da sexta passada, oferecido por empresários liderados por Philomeno
Gomes (sócio de Prisco Bezerra, 1º suplente do senador eleito Cid Gomes e
irmão do prefeito Roberto Claudio que é do PDT), Heitor fala que se tratou de
"evento informal entre amigos".
O
dirigente conta que, entre esses amigos, estavam "gente da Fiec, médicos e
até representantes do BNB". Ele nega que a presença de emissários do banco
tenha qualquer relação com a sucessão na presidência da entidade. "Eles só
quiseram me apresentar ao empresariado", respondeu.
Com
informações portal O Povo Online
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