Às
vésperas do encontro que pode consolidar um bloco de até 17 senadores a partir
de 2019, o ex-governador Cid Gomes (PDT) admitiu que uma aliança com o DEM
faria parte das negociações.
Em
entrevista ao jornal O POVO, o senador eleito afirmou que esse bloco, que teria
ao todo cinco legendas, apoiaria a recondução do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)
para a presidência da Câmara Federal.
"Numa
recíproca", calcula o pedetista, "esses partidos que estão reunidos
em torno do Rodrigo Maia (DEM, PP e Solidariedade) apoiariam a candidatura de
um nome desse 'meio de campo' do Senado que não é situação nem oposição".
Meio
de campo é como o senador eleito vem chamando o grupo que tem mantido conversas
preliminares com a finalidade de criar um blocão. Hoje, pela primeira vez, esse
conjunto de siglas se reúne em Brasília. Além do senador da Rede Randolfe
Rodrigues e do próprio Cid, participam outros parlamentares de PDT, PSB, PRP e
PPS.
De
acordo com o cearense, "uma forma de viabilizar esse bloco, e o seu
sucesso na disputa pela mesa-diretora do Senado, seria fazer um entendimento de
reciprocidade de apoio com o DEM e, junto, com ele, o PP".
Atual
presidente da Câmara, Maia tem costurado permanência na cadeira. As
articulações do democrata incluem investida no entorno do presidente eleito
Jair Bolsonaro (PSL), mas também abertura de canal com o PDT.
O
apoio do deputado, afirma Cid, seria uma moeda valiosa na tentativa de emplacar
um nome na mesa-diretora ou mesmo na presidência do Senado. O pedetista tem
dito que o tucano Tasso Jereissati "atenderia a esse perfil", mas que
o PSDB "precisaria querer".
Em
conversa com jornal O POVO na última segunda-feira, Tasso reconheceu diálogo
com Cid. "Tivemos uma longa conversa (há duas semanas). Acho que a
articulação dele tem sentido", disse o senador.
"Fazer
um bloco de centro que não se deixe encantar pelas benesses do poder, mas
também não se precipite numa oposição irresponsável."
Sobre
a possibilidade de que o PT integre esse blocão, Tasso respondeu que isso
dependeria do partido. "Tem uma ala do PT que tem bom-senso também."
Questionado
então sobre a hipótese de concorrer à presidência do Senado, o parlamentar não
descartou. "Ainda tem muita articulação, tem muito a acontecer. Vamos ver
como as coisas se desenrolam", falou. E acrescentou: "O importante é
que a gente tenha uma presidência com esse espírito de conciliação".
Com
informações portal O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.