Imagem capturada do vídeo divulgado nas redes sociais |
Em
vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP),
filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), disse que, para fechar o Supremo
Tribunal Federal (STF), "basta um soldado e um cabo". Ele afirmou
ainda que, se o STF impugnasse a candidatura de seu pai, teria "de pagar
para ver o que acontece". As declarações geraram reação da oposição.
O
vídeo foi feito durante aula em um curso preparatório para prova da Polícia
Federal, em Cascavel (PR). Foi o próprio curso que divulgou o vídeo em sua
página. A fala do deputado veio após o questionamento de alunos sobre o que
ocorreria caso a candidatura de Bolsonaro fosse impugnada.
"Mas,
aí, vai ter de pagar para ver. Será que eles vão ter essa força mesmo? O
pessoal até brinca lá: se quiser fechar o STF, você sabe o que faz. Você não
manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo. Sem querer desmerecer o soldado
e o cabo".
A
oposição reagiu imediatamente. O candidato Fernando Haddad comparou a família
Bolsonaro a "um grupo de milicianos". "Esse pessoal é uma
milícia. Não é um candidato a presidente. É um chefe de milícia. Os filhos
deles são milicianos, são capangas", afirmou.
O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) comentou o vídeo, em sua conta
no Twitter. "As declarações do deputado Eduardo Bolsonaro merecem repúdio
dos democratas", escreveu. "Prega a ação direta, ameaça o STF. Não
apoio chicanas contra os vencedores, mas estas cruzaram a linha, cheiram a
fascismo."
Guilherme
Boulos (Psol) afirmou, também no Twitter, que o vídeo "mostra bem o
descompromisso dessa turma com a democracia". "Aos setores do
Judiciário que impulsionaram a onda antidemocrática no País fica o dito
espanhol: 'cria cuervos y te sacarán los ojos'", acrescentou ele.
Em
entrevista na tarde de ontem, Jair Bolsonaro disse desconhecer o vídeo.
"Isso não existe, falar em fechar o STF. Se alguém falou em fechar o STF
precisa consultar um psiquiatra". "Desconheço esse vídeo. Duvido.
Alguém tirou de contexto."
Após
a repercussão, Eduardo Bolsonaro recuou, afirmando que nunca defendeu tal
posição. "Se fui infeliz e atingi alguém, tranquilamente peço desculpas e
digo que não era a minha intenção", afirmou em seu perfil das redes
sociais. Ele justificou que o vídeo foi gravado há quase quatro meses e
atribuiu sua publicação agora à proximidade das eleições.
"Eu
respondi a uma hipótese esdrúxula, onde Jair Bolsonaro teria sua candidatura
impugnada pelo STF sem qualquer fundamento. De fato, se algo desse tipo
ocorresse, o que eu acho que jamais aconteceria, demonstraria uma situação fora
da normalidade democrática. Na sequência, citei uma brincadeira que ouvi de
alguém na rua", explicou.
Eduardo
Bolsonaro disse ainda que o vídeo não é motivo para alarde, e que ele mesmo o
publicou. Disse estar com "consciência tranquila" e que o momento é
de "acalmar os ânimos".
Com
informações portal O Povo Online
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