Paulo Pimenta, Gleisi Hoffmann e Guimarães em entrevista coletiva (Foto: Paulo Pinto) |
Em
reunião em São Paulo ontem (30/10), o Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu designar Fernando
Haddad, candidato derrotado no pleito do último domingo, a tarefa de articular uma frente democrática que aglutine as forças
partidárias que se opõem ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Com
45% dos votos na disputa contra o militar da reserva, Haddad havia anunciado
que voltaria a dar aulas. O PT, todavia, tenta convencê-lo a liderar um
movimento de oposição.
A reunião petista se deu no mesmo dia em que lideranças de PDT, PCdoB e PSB se reuniram para discutir a formação de um bloco.
Presidente
nacional da legenda, a deputada federal eleita Gleisi Hoffmann afirmou em
coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira que o "PT dará todas as
condições para que Fernando Haddad possa exercer esse papel de articulador
junto com outras lideranças sociais para consolidar essa frente de
resistência".
Um
dia antes, nas redes sociais, o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) admitiu
indiretamente que tentaria liderar a oposição a Bolsonaro.
Terceiro
colocado na corrida ao Planalto, Ciro afirmou que "a oposição que nasce
não se confunde com forças que só defendem a democracia ao sabor de seus
interesses mesquinhos ou crescentemente inescrupulosos ou mesmo
despudoradamente criminosos".
O
movimento de Ciro tem dois propósitos: um, reorganizar legendas como o PSB e
PCdoB em torno de um projeto oposicionista cujo centro não seja o PT. O outro é
conseguir musculatura e agrupar apoios para sustentar a plataforma para a
eleição de 2022.
De
acordo com o Gleisi, no entanto, é Haddad e não Ciro quem deve encabeçar esse
processo. O papel do ex-prefeito de São Paulo, disse a petista, "é maior
do que o governo".
Segundo
ela, o ex-presidenciável, que recebeu 47 milhões de votos, "sai
depositário da esperança e da luta pela democracia".
Um
dos coordenadores da campanha de Haddad no Ceará e deputado federal eleito,
José Guimarães (PT) avalia que o petista "é hoje a principal liderança
política do País".
"Haddad
saiu de 4% no primeiro turno e chegou a 45% no segundo", recorda o
parlamentar. "Não é porque o PT está decretando (a liderança). As urnas
delegaram a ele o papel de líder."
Conforme
Guimarães, no entanto, o PT vai procurar todas as siglas, inclusive PDT.
"O momento é de recompor", completa.
Com
informações portal O Povo Online
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