Começou
ontem (12/10) a propaganda eleitoral de rádio e TV para o 2º turno das eleições
entre os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Enquanto
o programa do PSL atacou o PT e Lula apresentando-os como ameaças comunistas, o
de Haddad fez associações entre posicionamentos do adversário e recente onda de
ataques violentos por motivação política no País. Neste 2º turno, os candidatos
têm o mesmo tempo de propaganda.
O
programa de Bolsonaro fez referência ao Foro de São Paulo, que seria um grupo
comunista, liderado por Lula e pelo ex-presidente cubano Fidel Castro.
"Estamos à beira do abismo", anunciava a locução, elencando
corrupção, violência e desemprego como consequências de governos que associou
ao comunismo.
Haddad
é citado na propaganda do PSL como "boneco de Lula", com ênfase ao
fato de o ex-presidente estar preso. Após os ataques, o programa trouxe
agradecimentos a Deus e ao povo pela vida de Bolsonaro e pela votação no 1º
turno.
Em
seguida, o material aposta na relação de Bolsonaro com a filha Laura. O
destaque à relação com a única filha do candidato vem na esteira de
manifestações de mulheres contra o presidenciável em todo o País e contrasta
com afirmação dele em abril de 2017, de que dos cinco filhos, quatro foram
homens, mas no quinto teria dado "uma fraquejada e veio uma mulher".
O
programa de Haddad começou afirmando que "a democracia está em risco"
e que adeptos de Bolsonaro transformaram o 2º turno destinado a debates de
propostas em "uma onda de violência e intolerância".
Além
de reproduzir declarações do candidato do PSL de que iria "fuzilar a
petralhada", o programa cita agressões contra pessoas que manifestaram
oposição a Bolsonaro. Entre eles a morte do capoeirista Môa do Katendê, em
Salvador (BA), após afirmar ter votado no PT; e a marcação de suástica a
canivete na barriga de uma mulher que usava camiseta com a frase "Ele
Não".
Haddad
defende então que cada brasileiro tenha "um livro em uma mão e uma
carteira de trabalho na outra", em contraponto às disposições
armamentistas de Bolsonaro.
Lula
aparece na propaganda de Haddad na TV. O ex-presidente elogia Haddad, que foi
ministro da Educação em seu governo, e afirma que, "em 500 anos de Brasil,
nós nunca tivemos ninguém com a capacidade do Haddad para fazer o que foi feito
pela educação".
Ao
apresentar Ana Estela, com quem é casado há 30 anos, Haddad também fala dos
filhos. "Os dois são uma benção de Deus pra nós", afirma ele. Ao
longo do programa há outras referências à Deus, além de clamores por um Brasil
unido e com oportunidade para todos.
RÁDIO
E TV
A
propaganda eleitoral continua sendo veiculada diariamente até o dia 26 de
outubro. No rádio, os programas começam às 7 horas e ao meio dia; na televisão,
às 13 horas e às 20 horas e 30 minutos.
Com
informações portal O Povo Online
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