Ministra Rosa Weber durante entrevista coletiva sobre medidas de combate à disseminação de notícias falsas nas redes sociais (Foto: José Cruz) |
A
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, rebateu ontem (21/10)
as declarações feitas pelo deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
de que seriam necessários apenas “um cabo e um soldado” para fechar o Supremo
Tribunal Federal (STF). “No Brasil, as instituições estão funcionando
normalmente e juiz algum que honra a toga se deixa abalar por qualquer
manifestação que eventualmente possa ser compreendida como inadequada”, disse
Rosa Weber.
No
vídeo que circulou nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro está em uma sala de
aula e diz que “para fechar o STF nem precisa mandar um jeep, basta mandar um
cabo e um soldado”.
Questionado
sobre o tema, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, disse
desconhecer o vídeo com as declarações do filho e afirmou que alguém tirou as
falas de contexto.
A
entrevista coletiva convocada pelo TSE para este domingo, em Brasília, serviu
como um ato da Justiça e também dos órgãos de segurança e de inteligência para
reafirmar a credibilidade e lisura do processo eleitoral no Brasil. Todos os
participantes, que representaram o TSE, órgãos de segurança e inteligência do
governo, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público
Eleitoral, defenderam a inviolabilidade das urnas e a impossibilidade de
fraude.
Questionados
sobre as investigações quanto às denúncias de divulgação em massa por empresas
pagas por meio de caixa 2, as autoridades foram protocolares. O processo corre
sob sigilo e não foi divulgado prazo para conclusão do inquérito e outros
encaminhamentos.
Segundo
Elzio Vicente da Silva, delegado da Polícia Federal na área de combate ao crime
organizado, o inquérito será concluído “em prazo razoável”, mas “imprevisível”.
O
presidente da OAB, Cláudio Lamachia, disse que, em caso de confirmação de
fraude na campanha eleitoral, a entidade poderá questionar o resultado das
eleições. “Se tivermos qualquer situação nesta linha vamos submeter ao plenário
do Conselho da Ordem que, de forma independente, irá agir”, disse.
Lamachia
reiterou que é preciso confiar na “higidez das instituições”. O advogado
destacou que as fake news “não fazem bem” à democracia e que o país precisa de
equilíbrio e serenidade.
Com
informações portal Agência Brasil
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