Diante
do avanço do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) no Nordeste, como
indicam as últimas pesquisas de intenção de voto, a região tem atraído
investidas de outros presidenciáveis hoje, último dia permitido para realização
de campanha eleitoral. Na tentativa de garantir vaga no segundo turno, os
candidatos pelo PT, Fernando Haddad, e pelo PDT, Ciro Gomes, cumprem agenda hoje
na Bahia e no Ceará, respectivamente.
Na
última quinta-feira (04/10), Bolsonaro fez uma investida para tentar melhorar
seu desempenho no eleitorado do Nordeste. Em entrevista à Rádio Jornal do
Commercio, do Recife (PE), Bolsonaro prometeu, se eleito, concluir obras na
região e aumentar o benefício do Bolsa Família. Também disse que vai trabalhar
em parceria com governadores de esquerda e chegou a lamentar o drama vivido
pelo ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na
Operação Lava Jato.
Bolsonaro
também aproveitou a entrevista para criticar Haddad. "Peço para o
nordestino que tem parente ou amigo em São Paulo para ligar para ele e
perguntar sobre o prefeito Haddad, que foi tão mal em São Paulo, que perdeu no
primeiro turno para o (João) Doria. Ele (Haddad) agora está servindo um homem
que poderia ser um grande presidente, mas o Lula está colhendo o que ele
plantou, lamento que ele esteja preso", disse.
Aos
ouvintes da emissora, Bolsonaro ainda afirmou que a filha dele tem "sangue
nordestino" e prometeu priorizar a segurança hídrica na região, além de manter e aumentar o valor dos programas
sociais como o Bolsa Família.
Após
a ofensiva do militar, a campanha de Haddad, que tinha o plano de focar a
região Sudeste, neste sábado, resolveu de última hora alterar a agenda do
candidato.
Na
manhã de hoje (06/10), o petista, que está em segundo lugar nas pesquisas de
intenção de voto, fará caminhada em Feira de Santana, a maior cidade do
interior da Bahia, ao lado do ex-ministro Jaques Wagner (PT). Também
participará da atividade o governador da Bahia Rui Costa (PT), que lidera nas
pesquisas de intenção de voto e pode garantir a reeleição ainda no primeiro
turno.
O
Nordeste é a única região em que Bolsonaro, líder nas pesquisas, aparece atrás
do candidato do PT. Antes, o plano de Haddad era focar o Sudeste no último dia
de campanha. Ele tinha atividades previstas em São Paulo, maior colégio
eleitoral do País.
Ontem
(05/10), em Minas Gerais, Haddad afirmou que Bolsonaro se esconde nas redes
sociais e que quer que o oponente debata "frente a frente". Ao lado
do candidato à reeleição pelo PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, da
ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que disputa vaga ao Senado pelo Estado, e da
vice Manuela d'Ávila (PCdoB), o ex-prefeito de São Paulo participou de ato
público em Venda Nova, Belo Horizonte.
Sobre
a possibilidade de a disputa ir para o segundo turno, o petista disse que
"a expectativa é que ele (Bolsonaro) debata". "Frente a frente.
Olho no olho. Ao invés de usar as redes sociais para se esconder",
afirmou. Haddad disse ainda que a campanha vai "atuar nas redes sociais
contra a difamação e a injúria".
Por
meio de carta escrita à mão, Lula, que comemora seu nascimento hoje, pediu como
presente de aniversário que o povo brasileiro vote amanhã em Haddad. Uma
fotografia do documento foi publicada no perfil oficial de Lula no Twitter.
Haddad compartilhou a postagem em suas redes sociais com uma resposta ao
ex-presidente: "Amanhã se completam 73 anos do nascimento do maior líder
brasileiro da História".
Ciro
Gomes (PDT) realiza hoje (06/10), às 9 horas, carreata em Fortaleza e, às 16
horas, caminhada em Sobral. Ele e demais presidenciáveis tentam 'furar', na
reta final, a polarização entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
Em
busca de se cacifar para garantir uma vaga no segundo turno, Ciro disse que
Haddad "não tem energia e autoridade" para ultrapassar Bolsonaro. O
presidenciável do PDT - terceiro colocado na última pesquisa do Datafolha, com
11% das intenções de voto - minimizou seu desempenho e disse que "a virada
é completamente provável" no pleito de amanhã.
As
declarações de Ciro foram dadas na favela da Rocinha, zona sul do Rio, onde o
ele realizou um ato de campanha debaixo de chuva. Ao falar sobre Haddad, Ciro
repetiu a estratégia de bater no desempenho eleitoral do petista nas eleições
de 2016, quando ele perdeu a disputa à reeleição para João Doria, do PSDB, no
primeiro turno, algo inédito na cidade.
"Eu
nunca perdi no meu lugar (Ceará), nunca, nenhuma vez, e tenho honra, felicidade
e gratidão por isso. E o Haddad disputou a última eleição há menos de dois anos
e perdeu para um farsante como o Doria em todas as zonas de São Paulo",
afirmou.
"Ele
não é má pessoa, eu não tenho nada contra a personalidade dele, mas ele não tem
a energia, não tem a autoridade que é a marca para enfrentar essa onda fascista
que quer tomar conta do Brasil", disse Ciro.
Com
informações portal O Povo Online
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