Os
presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) farão o segundo
turno da corrida eleitoral de 2018 no dia 28 deste mês.
Com
46,06% (48,9 milhões de votos válidos, que excluem brancos e nulos), Bolsonaro
aproveitou-se de onda na reta final da campanha para ampliar vantagem sobre o
adversário direto na briga. O impulso, todavia, foi insuficiente para liquidar
a fatura ainda na primeira etapa o candidato precisaria de 50% dos votos mais
um.
Ex-prefeito
de São Paulo e substituto de Luiz Inácio Lula da Silva na chapa presidencial,
Haddad obteve 29,24% (30,6 milhões de votos). O petista venceu em oito estados
do Nordeste e no Pará.
No Ceará, reduto do também candidato Ciro
Gomes (PDT), Haddad ficou com 33,12%, ante 40,96 % do pedetista Ciro ainda o
ultrapassaria no Rio de Janeiro, onde conseguiu 15,22% contra 14,69% do
concorrente. Bolsonaro terminou com 21,75% dos votos dos cearenses e 59,79% da
preferência do eleitorado fluminense.
O
capitão reformado impôs-se a Haddad em 16 estados e no Distrito Federal. As
votações mais expressivas do militar foram em Santa Catarina (65,82% a 15,13%)
e Roraima (62,96% a 17,87%).
Já
a maior vantagem de Haddad sobre o deputado federal foi registrada no Piauí
(63,39% a 18,77%) e no Maranhão (61,21% a 24,33%), estados que também
pavimentaram a vitória de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno das eleições de
2014.
Considerando-se
a totalidade dos votos, Bolsonaro ganhou no Sul, Sudeste e Centro-Oeste e
perdeu no Nordeste a votação da região garantiu a ida do postulante petista
para o segundo turno.
Essa
onda "bolsonarista" produziu efeito que alavancou aliados para o
Legislativo nos estados e no Congresso. O deputado federal campeão de votos foi
Eduardo Bolsonaro, filho do presidenciável, eleito por São Paulo com 1,7 milhão
de sufrágios.
Ao
fim das apurações, o tucano Geraldo Alckmin contabilizou 4,76% dos votos. João
Amoêdo, do Novo, amealhou 2,5%, à frente de Cabo Daciolo (Patriota), com 1,26%,
e Henrique Meirelles (MDB), com 1,20%.
Marina
Silva (Rede), cujas intenções de voto chegaram a 20% no início da briga pelo
Palácio do Planalto, encerrou o primeiro turno com 1%. A ex-senadora é uma das
principais derrotadas de 2018.
Alvaro
Dias (Podemos) ficou com 0,8%; Guilherme Boulos (Psol), com 0,58%. Em seguida
aparecem Vera (PSTU), com 0,05%, Eymael (DC), com 0,04%, e João Goulart Filho
(PPL), com 0,03%.
Marina
e Ciro fracassaram na tentativa de romper a polarização entre Bolsonaro e
Haddad, que atravessou toda a campanha. Em entrevista nesse domingo logo depois
de anunciado o resultado, ambos emitiram sinais divergentes.
Marina
sugeriu uma eventual neutralidade, enquanto Ciro destacou trajetória de luta
pela democracia e completou com o bordão do movimento de mulheres contra
Bolsonaro: "Ele, não".
Em
seu primeiro discurso, Haddad acenou para Ciro e Marina e antecipou o que deve
se tornar seu trunfo para enfrentar o ex-capitão.
"Queremos
unir os democratas do Brasil, os que têm atenção aos mais pobres", disse o
petista, reiterando a palavra democracia. "Queremos um projeto amplo, mas
que busque justiça social. Vamos para o campo com uma única arma: o argumento."
Em
transmissão ao vivo pelo Facebook, Bolsonaro voltou a criticar o sistema de
votação por urna eletrônica. "Se tivéssemos confiança no voto eletrônico,
já teríamos o nome do futuro presidente decidido no dia de hoje (ontem)",
declarou. Em seguida, o deputado afirmou que o País não pode "continuar
flertando com o comunismo e o socialismo".
Houve
segundo turno nas ultimas cinco eleições no Brasil: em 2002, 2006, 2010 e 2014,
todas vencidas pelo PT. O PSDB foi vitorioso nas disputas de 1994 e 1998, ainda
no primeiro turno.
Com
informações portal O Povo Online
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