Amargando
desempenho muito inferior ao de eleições passadas para o Executivo
e para o Legislativo, o PSDB passa por período de incertezas. Lideranças
nacionais e estaduais avaliam o momento como infeliz, que periga perder
integrantes de peso como o prefeito de Manaus Arthur Virgílio, um dos
fundadores.
Em
entrevista publicada pela Folha de São Paulo na última sexta-feira (12/10) o
senador Tasso Jereissati, ex-presidente nacional do PSDB, reconheceu a
gravidade da situação, afirmando que "é um momento bem difícil" para
o partido.
O
tucano também declarou que no segundo turno das eleições presidenciais, a
legenda não apoiará as candidaturas de Bolsonaro (PSL) ou Haddad (PT). "O
PSDB não vai apoiar nem um nem outro, e a expectativa é que qualquer um que
ganhe nós sejamos oposição. É a minha visão," afirmou à Folha.
Já
o deputado estadual Carlos Matos, ex-presidente estadual do PSDB, considera que
diante de tal derrota é impossível não haver muitas feridas no partido. Segundo
ele, os resultados foram compatíveis com uma sequência de erros graves. Matos
também expandiu a avaliação para além do processo eleitoral. "Tem que
separar o que é ferida da campanha e o que é estrutural do partido. Tem muita
gente insatisfeita," declarou.
O
deputado afirmou que o partido ainda não está fazendo negociações e elaborando
estratégias para lidar com o abatimento. Entretanto, fez suposições: "Eu
imagino que o PSDB sai rachado dessas eleições. Imagino que saí uma costela do
PSDB com aquelas pessoas que têm uma conduta séria e que nunca se envolveram em
nada e querem um partido com uma atitude diferente".
A
queda no desempenho ocorreu em diversas instâncias. No primeiro turno da
corrida para a presidência, o candidato tucano Geraldo Alckmin ficou em quarto
lugar, com apenas 4,8% dos votos válidos. Foi o pior desempenho de um
presidenciável da sigla desde a redemocratização.
Já
nas votações para o governo do Ceará, o tucano General Theophilo foi opção de
somente 11,3 do eleitorado, alcançando um segundo lugar consideravelmente distante
de Camilo Santana, reeleito com 79,95% dos votos. A situação também é
desvantajosa em outros estados, das 12 candidaturas do partido, nenhuma venceu
no primeiro turno e apenas cinco ainda estão na disputa.
No
Congresso os resultados também foram desfavoráveis ao partido. A bancada da
Câmara diminuiu de 49 para 29 deputados federais. No Senado serão oito
representantes, três a menos que os 11 que atualmente ocupam cadeiras na Casa.
Com
informações portal O Povo Online
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