O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, rebateu
ontem (17/09) as declarações do candidato do PSL à Presidência da República,
Jair Bolsonaro, que apontou nas redes sociais a "possibilidade de
fraude" nas próximas eleições.
Para Toffoli, que presidiu o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) durante a campanha de 2014, as urnas eletrônicas são
"totalmente confiáveis".
"Os
sistemas são abertos a auditagem para todos os partidos políticos seis meses
antes da eleição, também para o Ministério Público e para a OAB", comentou
o ministro durante café da manhã no edifício-sede do STF.
"Me
orgulho disso porque quando estive à frente do TSE estabeleci uma série de
intercâmbios. Isso é importante para acabar com determinadas lendas que possam
surgir. Tem gente que acredita em saci-pererê", completou Toffoli.
Ontem
(17/09), o general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa de
Bolsonaro, amenizou a fala do presidenciável. Mourão afirmou que é preciso
"relevar" as últimas declarações do capitão reformado. "Vocês
têm que relevar um homem que quase morreu há uma semana, fez duas
cirurgias", disse o general a jornalistas, após participar de um evento em
São Paulo.
Mourão
afirmou ainda que é preciso respeitar o resultado das urnas. "Minha
posição é essa, vamos jogar e vencer no primeiro turno. Quem vencer, venceu. Só
tenho pena do Brasil se o PT vencer", complementou.
Em
transmissão ao vivo no domingo, Bolsonaro disse que as eleições de outubro
podem resultar em "fraude" por causa da ausência do voto impresso.
"A grande preocupação realmente não é perder no voto, é perder na fraude.
Então essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez até no primeiro, é
concreta", declarou Bolsonaro, que lidera todas as pesquisas de intenção
de voto no primeiro turno, mas perde em parte dos cenários de segundo turno.
Ao
falar das eleições presidenciais de 2014, Toffoli lembrou que o então candidato
do PSDB à Presidência, Aécio Neves, pediu uma auditoria nas urnas após ser
derrotado por uma pequena margem de votos para Dilma Rousseff (PT).
"Geralmente os que perdem a eleição reclamam. O então senador Aécio Neves
perdeu a eleição porque não teve votos em Minas Gerais. Por que as urnas
estariam dando votos para ele em São Paulo, e não em Minas Gerais, se o sistema
era o mesmo? Não tem absolutamente sentido", comentou.
A
fala de Bolsonaro também foi contestada por ministros do TSE ouvidos
reservadamente pela reportagem. Um integrante da Corte destacou que
"evidentemente" a urna é segura e observou que Bolsonaro já se elegeu
várias vezes com base em votos computados no sistema.
Com
informações portal O Povo Online
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